Maria: 'Caro demais. Trata-se de um transporte que se diz público' - Marcio Mercante / Agencia O Dia
Maria: 'Caro demais. Trata-se de um transporte que se diz público'Marcio Mercante / Agencia O Dia
Por *Felipe Rebouças

Rio - Os deputados da Alerj barraram, na tarde desta quarta-feira, o veto do ex-governador Luiz Fernando Pezão que previa o fim da tarifa social e temporária nas barcas que fazem a travessia Rio-Niterói, responsável por manter o preço do modal em R$ 5,15. Portanto, o preço da passagem não aumentará. Na última sexta-feira, a CCR Barcas, concessionária que administra o meio de transporte aquaviário, havia informado que a partir do dia 1º de janeiro de 2019 a tarifa seria cobrada no valor de R$ 6,10. "As barcas terão que corrigir essa informação dada", afirmou o autor do Projeto de Lei 2.466/17, Gilberto Palmares (PT), cujo texto determina o prolongamento do subsídio estatal aos usuários até 2022. A queda do veto pode ser alvo de recursos na Justiça.

"Entre trens, barcas, metrô, as barcas já têm a maior tarifa. Bem mais cara que as demais. Se não barrássemos esse veto as pessoas acordariam no dia 1º de janeiro com encarecimento de 20% na tarifa das barcas. Não há falta de recurso, o Fundo de Combate à Pobreza existe justamente para arcar com isso", afirmou o deputado.

Apesar da queda do veto na Câmara, o valor cobrado atualmente não agrada os passageiros. "Caro demais, até porque se trata de um transporte que se diz público. Conheço muita gente que tem dificuldade para ir à faculdade pública por causa disso. O serviço é de qualidade mas não justifica o preço", disse a estudante Maria Gama.

"Para alguns esse aumento faria muita diferença", comentou a bibliotecária aposentada, Fátima Fernandes. No meio deste ano, a CCR Barcas entrou na Justiça para devolver a concessão, alegando prejuízos. A empresa declarou ter fechado 2017 com déficit de R$ 84,2 milhões e prejuízos acumulados de R$ 526 milhões.

*Estagiário sob supervisão de Luiz Almeida

 

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