Polícia e Ministério Público fazem buscas na Escola de Samba Acadêmicos do Grande Rio - Reprodução Google Maps
Polícia e Ministério Público fazem buscas na Escola de Samba Acadêmicos do Grande RioReprodução Google Maps
Por ADRIANA CRUZ

Rio - A Polícia Civil e o Ministério Público estadual (MPRJ) fazem, nesta quinta-feira, uma operação para desmantelar parte do esquema do jogo do bicho do estado. Batizada de Mala Fortuna, a operação pretende cumprir 11 mandados de busca e apreensão contra uma quadrilha que atua na exploração ilegal de jogos na Baixada Fluminense e na lavagem de dinheiro.

Além disso, está previsto o bloqueio e sequestro de bens dos investigados no valor de R$ 20 milhões. As equipes estão fazendo buscas na quadra da Escola de Samba Acadêmicos do Grande Rio e no seu barracão, na Cidade do Samba, na capital, e em Duque de Caxias.

Investigações

De acordo com as investigações, Antônio Jaider Soares da Silva, presidente de honra da Grande Rio, é apontado como chefe da organização criminosa, sendo responsável por controlar a exploração de jogos de azar em Duque de Caxias. Ele também aparece como sócio de empresas ao lado do filho, Yuri Soares Reis, e do sobrinho, Leandro Jaider Soares da Silva. Os dois são investigados como braços operacionais da quadrilha fazendo a lavagem de dinheiro e o controle financeiro da organização.

Dagoberto Alves Lourenço é apontado como homem de confiança de Antônio e Leandro Jaider. É dele a responsabilidade pelas operações nas contas bancárias relacionadas às empresas e à escola de samba.

Já Paulo Henrique Melo Rufino é apontado como "laranja" do grupo e responsável pela lavagem de dinheiro das contravenções de jogo do bicho e jogo de azar.

Transações de R$ 100 mil

A investigação levantou transações financeiras suspeitas superiores a R$ 100 mil em dinheiro envolvendo os indiciados, além de uma série de operações imobiliárias, configurando a prática da lavagem de dinheiro com a prática da junção de ativos ilícitos com atividades econômicas exercidas pelos investigados. Além disso, é apontada a prática de dissimulação de propriedade de imóveis, através de pessoas interpostas (laranjas) e de instituições financeiras para despistar a movimentação, origem e propriedade de recursos ilícitos.

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