Por O Dia

Rio - Encaminhado pelo prefeito Marcelo Crivella à Câmara dos Vereadores do Rio, o Projeto de Lei Complementar 42/2017, que visa municipalizar e desenvolver urbanisticamente os setores 4 e 4-A da Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, completa hoje um ano sem resolução.

A intenção da prefeitura é, segundo o documento do Poder Executivo, "promover a reestruturação, renovação, e revitalização urbana da área, considerando a nova dinâmica gerada pela implantação" do corredor Transolímpico. Ainda de acordo com o texto, o espaço de 415 mil m², situado no meio de um complexo de casas, é "alienado pelo Exército Brasileiro".

No final do ano passado, o projeto foi apresentado em sessão na Câmara de Vereadores, em primeira discussão. Mas retornou para as comissões responsáveis devido a um pedido de vista. Até o momento, não há previsão para voltar à pauta de votações. O relator do projeto, vereador Dr. Jairinho (MDB-RJ), foi procurado pelo DIA mas não retornou o contato.

O vereador Fernando Willian (PDT-RJ) disse que a mensagem do prefeito precisa ser analisada com cuidado por envolver uma área da União. "Este projeto não deve ser votado este ano, até porque os vereadores precisam analisar com a máxima atenção a mensagem, o que o prefeito deseja para o local. Não se pode esquecer que aquela região enfrenta questões sérias de violência, envolvendo milicianos", afirmou William.

Fundado em 1920, o Núcleo Psiquiátrico da Colônia Juliano Moreira, que recebeu pacientes da Ilha do Governador e da Praia Vermelha à época, é cercado por moradias populares sem título de propriedade e por uma extensa área de preservação ambiental com nascentes, utilizadas pelos moradores para necessidades básicas. "É necessário estudar o projeto com lupa antes de votar", declarou a vereadora Teresa Bergher (PSDB-RJ).

 

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