Rio - Equipes da Divisão de Homicídios do Rio (DH) cumprem nesta quinta-feira 15 mandados de busca e apreensão e de prisão relativos à investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Os endereços dos mandados são espalhados em diversos municípios. Agentes estão na Zona Oeste do Rio de Janeiro, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, em Angra dos Reis, na Costa Verde, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio e em Juiz de Fora, em Minas Gerais. As execuções da vereadora e do motorista completam nove meses nesta sexta-feira.
De acordo com o delegado Giniton Lages, a operação deriva de inquéritos policiais paralelos às investigações do caso Marielle e Anderson. Desde que começaram as investigações, que apuram a autoria dos crimes, a Delegacia de Homicídios vem realizando várias operações policiais para a checagem de informações anônimas.
O delegado defende "a manutenção do absoluto sigilo das apurações realizadas, sendo esta a maior garantia para o alcance dos autores e mandantes dos crimes investigados”.
Mais cedo, em Angra dos Reis, policiais da DH foram encurralados por bandidos no Morro da Constância, na região do Frade, na manhã desta quinta-feira. Segundo informações preliminares, os agentes estavam no local para realizar uma investigação quando foram surpreendidos por criminosos. Por volta das 9h, unidades de polícia da região conseguiram resgatar os policiais.
Crime
A vereadora Marielle Franco foi assassinada junto com o motorista Anderson Gomes, na noite de 14 de março deste ano, no bairro do Estácio, na região central do Rio. Eles foram mortos a tiros, quando voltavam para casa, na Tijuca, após participar de evento na Casa das Pretas, na Lapa. A vereadora estava dentro de um carro acompanhada do motorista, que também foi morto, e de uma assessora. Os tiros foram disparados de outro veículo.
Eleita com 46,5 mil votos, a quinta maior votação para vereadora nas eleições de 2016, Marielle Franco estava no primeiro mandato como parlamentar. Oriunda da favela da Maré, zona norte do Rio, Marielle tinha 38 anos, era socióloga, com mestrado em Administração Pública e militava no tema de direitos humanos.
*Com informações da Agência Brasil