Para o delegado Gilbert Stivanello (ao centro), prioridade é o combate a todos os tipos de discriminação - divulgação/Paulo Toscano
Para o delegado Gilbert Stivanello (ao centro), prioridade é o combate a todos os tipos de discriminaçãodivulgação/Paulo Toscano
Por *Caio Cardoso

Rio - A Polícia Civil inaugurou nesta quinta-feira a Delegacia de Combate a Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). Instalada na Rua do Lavradio, no Centro, a especializada tem como titular o delegado Gilbert Stivanello e está instalada onde já funcionam a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) e a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). As três unidades formarão um núcleo de atendimento a vítimas em situação vulnerável.

Os agentes que trabalharão na Decradi passaram por treinamento específico na Academia de Polícia (Acadepol) para atender às vítimas de racismo, homofobia e intolerância religiosa. A capacitação incluiu análise das principais legislações penais referentes ao tema e de métodos de investigação criminal de casos relacionados ao combate a todas as formas de preconceito, inclusive nas redes sociais.

O chefe de Polícia Civil, delegado Rivaldo Barbosa, destacou que a implantação da nova unidade atende aos anseios da política de segurança implementada pela Intervenção Federal de combater com rigor o preconceito e a intolerância. "Estamos dando um passo muito importante para conscientizar a sociedade que esses crimes serão investigados e os responsáveis punidos", afirmou.

A delegacia terá como prioridade registrar e investigar casos que tenham como motivação crimes de ódio e discriminação, como racismo, injúria, xenofobia, homofobia e outros tipos de preconceito. Mesmo com a criação da especializada, todas as delegacias do estado também seguirão registrando esses crimes. Caberá à Decradi, acompanhar seus desdobramentos.

A expectativa do titular, delegado Gilbert Stivanello, é reforçar o compromisso da Secretaria de Estado de Segurança no cumprimento da diretriz da Intervenção Federal no combate a esses crimes. "Vejo nessa delegacia uma evolução, um novo patamar que estamos alcançando. A delegacia é um espaço de garantia de direitos. E essa missão é de todos", disse.

*Estagiário sob supervisão de Maria Inez Magalhães

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