Rio - O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), através do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC), realiza a Operação Calvário, na manhã desta sexta-feira, para prender o empresário Daniel Gomes da Silva e outras 10 pessoas que tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça por desviar ao menos R$ 15 milhões de recursos públicos em contratos firmados com unidades de saúde. Também são cumpridos 44 mandados de busca e apreensão.
De acordo com o Ministério Público, 22 pessoas que integram a organização criminosa foram denunciadas junto à 42ª Vara Criminal pelos crimes de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. O homem apontado como chefe da quadrilha é o empresário Daniel Gomes da Silva. Ele foi preso quando desembarcava no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Galeão. Segundo a GloboNews, o executivo tem cidadania portuguesa, vive fora do país e estava se desfazendo de bens no Brasil. Ele comprou recentemente uma casa em Cascais, em Portugal, avaliada em 1 milhão de euros.
De acordo com a denúncia apresentada à Justiça, a organização utilizava a filial da Cruz Vermelha Brasileira situada no Rio Grande do Sul (CVB-RS) para operar em diversos estados.
Outras informações divulgadas pela emissora dão conta que os desvios ocorreram em contratos, num montante de R$ 605 milhões, em unidades de Saúde do município e do estado, entre eles o Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, a UPA de Botafogo, e dois hospitais estaduais de Araruama e Saquarema, na Região dos Lagos. Os mandados estão sendo cumpridos na capital, em Duque de Caxias, Itaboraí, Nova Friburgo, além dos estados de Paraíba e Goiás. Os presos estão sendo levados para a Cidade da Polícia.
Participam da ação agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), com o apoio da Delegacia Fazendária (Delfaz), da Polícia Civil, da Polícia Federal, os ministérios Público da Paraíba e de Goiás.
