Empresária catarinense Fabiane Fernandes foi morta em trilha de Arraial do Cabo - Arquivo Pessoal
Empresária catarinense Fabiane Fernandes foi morta em trilha de Arraial do CaboArquivo Pessoal
Por ADRIANO ARAÚJO

Rio - Policiais da 132ª DP (Arraial do Cabo) prenderam, com o apoio da Polícia Civil de São Paulo, um jovem de 21 anos apontado como o assassino da turista catarinense Fabiane Fernandes, morta em uma trilha de Arraial do Cabo, na região dos Lagos. O crime ocorreu no mês passado. O suspeito foi preso na cidade de São Carlos, no interior de São Paulo, em uma clínica de recuperação psiquiátrica, que trata usuários de drogas.

Contra o preso, que não teve ainda o nome divulgado, consta um mandado de prisão temporária de 30 dias. De acordo com o delegado Renato Mariano, titular da 132ª DP, agora os elementos e fatores que levaram ao autor do crime serão confrontados com o depoimento dele, que deve chegar no fim da noite no Rio. O jovem não conhecia Fabiane, mas acampava no mesmo dia na trilha em que a catarinense desapareceu e foi visto deixando a cidade cheio de arranhões.

"Quando ele foi deixar a cidade, ele foi visto na rodoviária com diversas marcas de arranhões nos antebraços, por isso surgiu a hipótese. Duas pessoas tiveram contato com ele e deram a informação de que ele estava com arranhões, mas isso é só um dos fatores que fazem parte da investigação", disse Mariano, ressaltando que um "conjunto de elementos" o levaram a ser apontado como o autor.

"Agora ele será interrogado com toda a calma que precisa a investigação. A gente tem 30 dias, com ele presente, para confrontar os elementos que apontam para ele no inquérito", esclareceu o delegado. Os policiais civis do Rio devem retornar ao Rio de Janeiro nas próximas horas e o homem apontado como autor será levado para a 132ª DP para ser ouvido. As buscas pelo suspeito começaram por volta das 5h de hoje.

A mãe do preso se desesperou ao ver o filho preso e teria dito que ele sofre de transtornos psicológicos. Segundo Mariano, isso não vai impedir dele ser responsabilizado do crime, caso se concretize a suspeita da autoria. 

"Se eventualmente existir suspeita nesse sentido, será realizado exame de sanidade mental para saber se existe algum problema psicológico. Isso ão diminui a responsabilidade dele, não significa que não será punido", disse o delegado, que lamentou a morte de Fabiane. "Chegamos a uma solução, mas, infelizmente, para a família da vítima o mal maior foi feito. Isso (a prisão) ameniza, mas não diminuiu o sofrimento", acredita.  

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