Farto material encontrado na operação - Marcio Mercante / Agencia O Dia
Farto material encontrado na operaçãoMarcio Mercante / Agencia O Dia
Por *Luana Dandara e *Natasha Amaral

Rio - Um suboficial da Polícia Militar, identificado como Marcelo Azevedo Nascimento, foi preso e prestou depoimento na tarde desta quinta-feira, na Cidade da Polícia, no Jacarezinho, para esclarecer um possível vazamento da Operação Heracles – megaoperação realizada hoje que mira a milícia comandada por Wellington da Silva Braga, o Ecko, responsável pelo maior grupo miliciano do Rio, que atua na Zona Oeste e em Itaguaí, na Baixada Fluminense. Apesar do grande número de mandados de prisão, a quantidade de presos ainda é baixa. 

De acordo com as primeiras informações, o suboficial é lotado no Regimento de Policia Montada (RPMont), que fica em Campo Grande. Ele teria vazado informações através de mensagens em um aplicativo de celular. O advogado que representa o PM nega as acusações. "Ele não faz parte dos mandados de prisão. Meu cliente foi preso em flagrante por supostamente ter tirado as fotos de dentro do carro antes da operação acontecer. O carro era dele, mas ele estava apenas entrando no quartel para tirar o carro pra lavar".

"A perícia foi realizada e a mesma diz que a foto lançada nesse suposto grupo de milicianos parece muito com o veículo que ele possui. Contudo, na foto aparece apenas um para-brisa e o painel de um carro. Nada identifica que aquele seria o veículo dele, nem o número que colocou pertence a ele", completou o advogado. 

Material de busca e apreensão foi levado para a Cidade da Polícia - Marcio Mercante / Agencia O Dia

A megaoperação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio (MPRJ) buscou cumprir 118 mandados de prisão e 298 de busca e apreensão contra a milícia que domina a Zona Oeste da cidade. A Operação Heracles contou com mais de 500 agentes, tendo o apoio de 1.700 militares das Forças Armadas e da Força Nacional, e se concentrou em Jacarepaguá, Santa Cruz, Campo Grande e em Itaguaí. Foram cumpridos 27 mandados de prisão, sendo cinco contra pessoas que já estavam presas e um de prisão em flagrante contra o suboficial.

Além disso, foram apreendidas 10 armas de calibre restrito, sendo três fuzis e sete pistolas, diversos carregadores e munições de armas de fogo de calibre restrito, radiotransmissores, R$ 28 mil em espécie, 10 caixas de cigarros contrabandeados, um BMW, duas motocicletas, além de diversas fardas militares e camisas das polícias Civil e Militar.

A operação mira a quadrilha comandada por Wellington da Silva Braga, o Ecko, que, segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), segue aumentando seus territórios no estado através de chefias intermediárias, responsáveis pelo gerenciamento em comunidades da Baixada e da Zona Oeste da capital, como a do Aço, do Rodo, de Antares, de Três Pontes, em áreas de Paciência, entre outras.

*Estagiárias com supervisão de Adriano Araujo

Farto material encontrado na operação - Marcio Mercante / Agencia O Dia
Material de busca e apreensão foi levado para a Cidade da Polícia - Marcio Mercante / Agência O DIA

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