Rio - O menino Davi, que nasceu de um parto de emergência, está internado em estado grave e luta pela vida no Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna. Os pais foram mortos em um arrastão em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O crime ocorreu por volta de 19h30 de domingo. A mãe, Verônica Sousa Silva, de 27 anos, estava grávida de seis meses e foi submetida a uma cesariana às pressas.
Davi nasceu e logo em seguida ao parto prematuro a mãe não resistiu aos ferimentos. O arrastão aconteceu na Avenida Pelotas, no bairro de Sarapuí. O pai do menino, o agente penitenciário José Carlos da Rocha, de 68 anos, morreu com cinco tiros no peito. De acordo com informações da polícia, ele teria reagido ao assalto quando os bandidos atiraram.
Durante o arrastão, uma terceira pessoa, identificada como Claudia Barreto Rezende, foi ferida num das mãos, enquanto aguardava num ponto de ônibus. Ela também foi levada para o Hospital Adão Pereira Nunes e não corre risco de vida.
Sob clima de indignação de parentes e amigos, Verônica foi enterrada na tarde desta terça-feira, no Cemitério Tanque do Anil, em Caxias. A mãe da vítima, Ana Cesarina, fez um desabafo durante o cortejo.
"Esse dia está sendo muito difícil para mim, mas de uma coisa eu tenho certeza: ela está guardada em Deus, só Ele pode fazer isso. Mesmo sendo da maneira trágica que foi, a Verônica vai ser cuidada por Deus", afirmou.
De acordo com pessoas próximas à família, Verônica era considerada discreta e tranquila, assim como o marido. "Os dois formavam um casal bastante reservado, que gostava de frequentar a igreja", contou uma amiga, que não quis se identificar.
O agente penitenciário foi enterrado na manhã desta terça-feira, no Cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador. O Portal dos Procurados (www.procurados.org.br) divulgou um cartaz oferecendo recompensa de R$ 5 mil por pistas que levem aos assassinos. O patrulhamento foi reforçado após o arrastão.
