Marielle foi assassinada com Anderson Gomes em março de 2018 - Reprodução / Mídia Ninja
Marielle foi assassinada com Anderson Gomes em março de 2018Reprodução / Mídia Ninja
Por RAFAEL NASCIMENTO

Rio - Nesta terça-feira, um dia após completar 10 meses do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e de seu motorista, Anderson Pedro Gomes, está marcado um encontro entre as promotoras do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) — que investigam paralelamente o caso — e os delegados do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP). O objetivo da reunião é apresentar detalhes da investigação e tentar sanar um racha que se instaurou entre os dois órgãos há alguns meses após discordâncias sobre as investigações e seus andamentos.

Participarão do encontro as promotoras Simone Sibilio e Letícia Emili, do Gaeco. Além do diretor do DGHPP, Antônio Ricardo Nunes e o delegado Giniton Lages, que está a frente do caso. Como divulgou "O Globo" em dezembro, há alguns meses as duas promotoras decidiram investigar por conta própria a morta da parlamentar e de seu motorista. Isso teria gerado um mal-estar entre a Delegacia de Homicídios e o MP. Hoje, há expectativa para que relatórios sobre o andamento do caso sejam entregues para elas.

Oficialmente, nem a Polícia Civil e nem o Ministério Público confirmam o encontro. Extraoficial, fontes do MP dizem que a investigação paralela pegou até mesmo a instituição de surpresa e desencadeou uma briga interna. As duas promotoras responsáveis pelo caso mantêm sigilo sobre possíveis descobertas e se recusam a falar com a imprensa.

Em nota, a Polícia Civil diz que não vai comentar o caso.

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