Operação da Polícia Civil no Morro da Mangueira, visa cumprir mandados contra envolvidos com quadrilha "família" que manda drogas para o Rio. Um suspeito morreu em confronto - Severino Silva/Agência O Dia
Operação da Polícia Civil no Morro da Mangueira, visa cumprir mandados contra envolvidos com quadrilha "família" que manda drogas para o Rio. Um suspeito morreu em confrontoSeverino Silva/Agência O Dia
Por O Dia

Rio - A secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), através da 25ª DP (Engenho Novo), realiza nesta quinta-feira a operação "Bad Family" para desarticular uma quadrilha "em família" que atua no tráfico interestadual de drogas e armas, fornecendo principalmente para favelas do Rio. A ação visa cumprir 19 mandados de prisão preventiva e 18 mandados de busca e apreensão em municípios do Rio, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul. Até 10h, 13 pessoas tinham sido presas. A operação conta com o apoio da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.

No Morro da Mangueira, um dos locais que a polícia esteve para cumprir mandados, houve uma intensa troca de tiros e um suspeito morreu no confronto. Drogas foram apreendidas durante a ação na comunidade. 

Opera - Severino Silva/Ag

De acordo com o delegado Fabio Asty, titular da 25ª DP, a investigação, que começou há cerca de um ano, aponta que a família, liderada pelo sul-mato-grossense Edson Ximenes Pedro, conhecido como "Pelincha", atua no tráfico atacadista interestadual de drogas, armas e munições. Eles abastecem as principais comunidades da Região Metropolitana do Rio, como os complexos do Alemão, da Maré, do Lins e Jacaré, além dos municípios de Cabo Frio e Nova Friburgo, no interior do Estado, e em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo.

Ainda segundo o delegado, a família do município de Paranhos, no Mato Grosso do Sul, e atuante no agronegócio, se usava sua propriedade rural situada naquele município, na fronteira com o Paraguai, para servir de entreposto para o recebimento e distribuição de drogas, principalmente maconha e cocaína. Os criminosos faziam também a distribuição de armas e munições de diferentes tipos e calibres.

A investigação levantou que o agronegócio familiar era usado para a lavagem de dinheiro da venda de armas e drogas. Com isso, foi pedido o bloqueio das contas bancárias de nove indiciados. Eles tiveram todos os valores existentes nessas contas sequestrados judicialmente. "Pelincha" tem o auxílio direto de sua esposa, irmãos e cunhado na execução das atividades criminosas, segundo a polícia.

Propriedade da fam - Reprodu

As investigações demonstraram que Edson, um dos principais concorrentes do traficante Marcelo Fernando Pinheiro Viga, o Marcelo Piloto, fornecia mensalmente às comunidades do Rio cerca de duas toneladas de maconha e meia tonelada de cocaína, valores que ultrapassam R$ 200 milhões ao ano.

Edson Ximenes já tinha sido preso em 2013 pela Polícia Federal (PF) e cumpriu pena por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Atualmente ele utiliza identidade falsa, em nome de Fabio Pereira de Souza e está foragido do sistema prisional desde que progrediu ao regime semiaberto.

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