Maquinista da Supervia é atingido por estilhaço de para-brisa - Divulgação
Maquinista da Supervia é atingido por estilhaço de para-brisaDivulgação
Por O Dia

Rio - Um maquinista da Supervia foi ferido no olho na noite da última quinta-feira depois que um objeto foi arremessado em direção ao trem. Ele foi atingido por estilhaços de vidro do para-brisa, danificado pelo vandalismo. O caso aconteceu por volta das 20h. A composição estava saindo da estação de trem Augusto Vasconcelos e seguia para Santa Cruz. Em 2018, a empresa registrou 61 casos de para-brisas atingidos por pedras e gastou cerca de R$ 2 milhões nos reparos ou trocas dessas peças.

A viagem foi interrompida na estação de trem seguinte, que era a de Campo Grande. O funcionário, cujo nome não foi passado pela empresa, foi levado ao hospital e liberado em seguida. Ele sofreu ferimentos superficiais no olho direito. Contratado pela Supervia há oito anos e maquinista há quatro, ele lembra o momento do acidente: “Eu estava na velocidade máxima naquele trecho quando avistei duas pessoas na linha, de repente veio a pedrada. A 80 km/h, o impacto provocou um barulho muito alto. Os estilhaços vieram na minha visão e não consegui enxergar mais nada. Outro maquinista que estava comigo assumiu o controle do trem e encerrou a viagem em Campo Grande. Consegui tirar do olho um pedaço grande de vidro, mas ardia tanto que achei que tivesse afetado minha visão. Depois o médico retirou mais um pedaço de vidro e constatou que a visão não foi prejudicada, graças a Deus. Não sei nem como descrever um vandalismo como esse.”

De acordo com a Supervia, em casos como esse, o trem precisa ficar parado por, pelo menos, 48 horas para manutenção. A empresa ainda garante que realiza campanhas de conscientização pelos canais de comunicação. Ainda de acordo com a concessionária, já foi feita uma exposição de para-brisas quebrados na estação Central do Brasil para sensibilizar os passageiros sobre o problema.

 

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