Operação Lei Seca Marítima, em parceria com a Capitania dos Portos, quer prevenir acidentes no mar - Luciano Belford / Agência O Dia
Operação Lei Seca Marítima, em parceria com a Capitania dos Portos, quer prevenir acidentes no marLuciano Belford / Agência O Dia
Por RAFAEL NASCIMENTO

Rio - A partir de agora a Lei Seca será expandida. A operação que já é conhecida pelos motoristas será ampliada para o mar. Começou neste sábado a Operação Lei Seca Marítima, em parceria com a Capitania dos Portos. O objetivo da ação, que é inédita no país, é prevenir acidentes no mar causados pela combinação de bebida e direção.

No período da ação — que vai até o final do Carnaval — agentes educativos atuarão na inspeção de barcos, lanchas e jetskis em regiões onde existe um grande fluxo de pessoas e embarcações. Materiais educativos e de conscientização serão distribuídos para condutores das embarcações. Caso haja alguma irregularidade, infrações serão expedidas pela Capitania dos Portos.

Gutemberg de Paula Fonseca, secret - Luciano Belford / Ag

Durante a operação, agentes de educação da Lei Seca vão atuar com a equipe de inspeção naval dentro de lanchas, percorrendo áreas marítimas com grande fluxo de embarcações. Serão distribuídos material educativo e de conscientização para os condutores das embarcações, a tripulação e passageiros. Em caso de imprudência, as multas são emitidas pela Capitania dos Portos.

"O objetivo dessa operação é conscientizar o cidadão de que quando ele beber não dirija e, desta forma, evitamos acidentes que podem levar a morte. Neste primeiro momento, queremos fazer que a Lei Seca chegue dentro do mar e quando ele venha para terra ele tenha consciência de que não pode beber e dirigir e nem pilotar no mar", disse Gutemberg de Paula Fonseca, secretário de governo, que acompanhou o lançamento do projeto na Barra da Tijuca.

Os agentes de educação também atuarão em regiões de embarque e desembarque das marinas em todo o estado do Rio reforçando importância de não beber e dirigir. "O propósito é a segurança da navegação e salvaguardar a vida humana. Baseado nisso, vamos agira para evitar mortes. Não há necessidade de um condutor, que conhece as regras, beber e pilotar (uma lancha, um barco ou um jetski). A abordagem será na documentação, habilitação do condutor, no excesso de passageiros e se houver indícios, a pessoa fará o teste do etilômetro", lembra o capitão André Luiz de Andrade Félix, responsável pelos portos do Rio de Janeiro.

Funcion - Luciano Belford / Ag

Um dos que tiveram o jetski fiscalizado no Canal de Marapendi foi o funcionário público Alexandre Magno, de 45 anos. Ele diz que a operação é de extrema necessidade e importância. "Espero que eles não façam apenas no verão, mas no ano inteiro. Peço que eles não façam apenas teste de bafômetro, mas também o toxicológico. Muitas pessoas usam drogas e saem para o mar", lembra Magno. Além disso, o homem conta que muitas pessoas andam acima da velocidade no canal.

O Governo do Estado não informou que tipo de punição será aplicada à quem for pego pilotando alcoolizado. De acordo com um levantamento da Capitania dos Portos, de dezembro de 2017 a março de 2018, foram registrados oito acidentes com embarcações no estado. A maioria envolveu lanchas, motos aquáticas e botes.

Segundo a Marinha, em 2018, foram abordados 6738 embarcações. Do total 470 foram notificadas, 133 foram apreendidas e duas pessoas conduzidas à delegacia, após a verificação de ingestão de álcool. Já nos primeiros dias deste ano, já foram feitas 1324 abordagens, 39 notificações, uma apreensão e nenhum incidente por embriaguez.

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