Uma hipótese é que o pai, Sandro Amaral, se esqueceu da criança - Reprodução do facebook
Uma hipótese é que o pai, Sandro Amaral, se esqueceu da criançaReprodução do facebook
Por FRANCISCO EDSON ALVES

Rio - Uma tragédia abalou os moradores de Três Rios, no Sul Fluminense, nesta terça-feira. Maria Alice Amaral, de apenas 3 anos, foi encontrada morta dentro de um carro na Rua Barão do Rio Branco, no Centro da cidade. A criança, que é filha do secretário municipal de Obras e Habitação, Sandro Bonfim Amaral, teria sido deixada pelo pai no veículo. Sandro foi encaminhado à 108ª DP (Três Rios) para prestar esclarecimentos.

A polícia informou inicialmente que foi o próprio pai quem deixou a criança no carro, depois corrigiu a informação dizendo que não teria sido o pai, mas um outro parente que deixou a menina no carro. Até a noite desta terça-feira, isso não havia sido esclarecido por nenhum órgão oficial.

Ainda não se sabe o que motivou a morte da menina, que pode não ter resistido ao forte calor. A prefeitura de Três Rios informou, em nota, que decretou luto oficial de três dias e que "se solidariza com a família".

Caso idêntico em Volta Redonda em 2013

Em Volta Redonda, um caso semelhante aconteceu há pouco mais de seis anos. Um bebê de 10 meses morreu ao ser esquecido no carro por horas pelo pai. O homem levava a criança para a creche, mas a esqueceu no banco traseiro do veículo, na Rua das Margaridas, bairro Água Limpa. A menina faleceu por conta do forte calor.

O homem contou à polícia que saiu de casa com a filha no banco traseiro, mas raramente levava o bebê à creche e acabou se esquecendo dele. O gerente de vendas estacionou na Rua das Margaridas, no bairro Água Limpa, por volta das 13h30, para encontrar dois amigos com quem foi almoçar. Depois o grupo seguiu para outro bairro, a Vila Santa Cecília, e o carro de Clóvis permaneceu no mesmo lugar.

Ele só lembrou da filha por volta das 18h quando recebeu uma ligação de sua mulher. Ela havia sido informada por funcionários da creche sobre a ausência da filha e questionou o marido. O comerciante pegou um táxi para voltar ao local onde havia deixado o veículo, e avisou amigos para que tentassem chegar primeiro ao carro. Um deles chegou antes e contou à Polícia Civil que quebrou um dos vidros, mas o bebê já aparentava estar morto. Em seguida chegou a mãe da criança, que foi impedida de ver a filha dentro do carro. O pai chegou em seguida e levou o bebê ao hospital São João Batista, onde foi confirmada a morte.

O gerente de vendas foi indiciado por homicídio culposo (sem intenção de matar). Preso em flagrante, pagou fiança de R$ 12.440 e foi libertado. Segundo a 93ª DP (Volta Redonda), ele estava desesperado e chegou à delegacia pedindo para ser preso. Igualmente transtornada, a mãe repetia que precisava amamentar a filha. 

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