Rio - Engenho de Dentro está localizado num ponto estratégico da cidade devido a sua proximidade com outros sete bairros, entre eles Méier e Grajaú. Da mesma forma que seus moradores se orgulham de abrigar uma importante área de lazer do Rio, o Estádio Olímpico Nilton Santos (Engenhão), eles também se lamentam sobre problemas que permanecem há anos. Alagamentos constantes, falta de asfalto e obras inacabadas. Um sufoco só.
Na Rua Dr. Niemeyer, os moradores tentam se proteger das enchentes com batentes nas portas das casas e estabelecimentos comerciais. "Quando chove, alaga tudo. Há anos, pedimos uma solução e nada muda", relata Vilson Gonçalves.
Depois de um prejuízo, Alayde de Andrade, 81, colocou uma dessas proteções na entrada de casa. "A água invadiu tudo, e perdi muita coisa. Tive que tomar essa medida, mas, mesmo assim, a água quase ultrapassou a barreira".
O estofador Fabiano Ramiro, 37, também experimentou os danos dos alagamentos. "Há um ano, a rua alagou e invadiu minha loja, foi um caos".
O asfalto não chegou à Rua Dr. Niemeyer, que ainda é de paralelepípedo e tem remendos em sua extensão. Outro problema é a falta de iluminação. "A lâmpada vive queimando, tem que trocar esta fiação que já é muito antiga", reclamou Luzia Alves, 65.
Já na Rua Pernambuco, andar na calçada é difícil. Uma obra da Cedae está abandonada há um mês. "Eles vieram para consertar azamento, resolveram esse problema e deixaram outro. As pessoas têm que passar pela rua", disse Francisco Sales, 36.
A Rioluz informou que enviará uma equipe ao local para avaliar a situação e executar os reparos necessários.
A Secretaria de Conservação e Meio Ambiente afirmou que fará vistoria esta semana para checar a drenagem na região e verificar se há obstruções na rede que favoreçam alagamentos. Informou que não há previsão de substituir paralelepípedos da rua, mas que uma ação tapa-buraco será programada.
Sobre o buraco na Rua Pernambuco, a Cedae garantiu que a obra será finalizada esta semana.
