Rio - Nesta quarta-feira, primeiro dia de intervenção da Prefeitura do Rio no sistema BRT, o que se viu foram estações cheias e pessoas se espremendo para conseguir entrar nos ônibus articulados. Ontem, o prefeito Marcelo Crivella (PRB) anunciou que o município assumirá por seis meses a operação do modal. A alegação para a decisão é a péssima pregação do serviço por parte do consórcio. O interventor será o engenheiro e professor de políticas públicas Luís Alfredo Salomão.
O DIA percorrer várias estações do corredor, entre elas Campinho, Madureira, Ramo e Penha. Nelas, muita gente esperando e muito sufoco para embarcar nos ônibus articulados, que saíam lotados. Apenas após às 9h a situação melhorou, com mais veículos rodando e menos passageiros no horário.
Todos os dias, o sistema BRT transporta cerca de 450 mil passageiros em seus três corredores — Transcarioca, Transoeste e Transolímpica. Entretanto, superlotação, trechos inoperantes, redução de frota e irregularidades nos horários são algumas das reclamações de quem precisa usar diariamente o transporte e que motivaram a intervenção da prefeitura.
Moradora da Pavuna, Maria José de Oliveira, de 56 anos, trabalha na Praça Seca, na Zona Oeste. Segundo a empregada doméstica, é comum ela enfrentar a superlotação do BRT na ida e volta do trabalho. "Para embarcar na estação de Madureira é um sufoco. Já vi pessoas se machucarem aqui durante a entrada no ônibus", diz.
Crivella informou nesta terça-feira que, além de intervir no BRT, vai aumentar em R$ 0,10 a passagem dos ônibus do município. A partir do próximo sábado o valor da tarifa passará a custar R$ 4,05.