Reforma e pintura do 37º BPM (Resende): obras feitas por presos  - Gleisiane Carvalho/ DIVULGAÇÃO
Reforma e pintura do 37º BPM (Resende): obras feitas por presos Gleisiane Carvalho/ DIVULGAÇÃO
Por FRANCISCO EDSON ALVES

Detentos do regime semiaberto da Casa de Custódia de Bulhões, em Resende, no Sul Fluminense, estão trabalhando em obras públicas em troca de remuneração e redução de pena. Graças a entendimentos entre o Judiciário, a Polícia Militar e a prefeitura local, pelo menos 25 presos já estão sendo beneficiados.

De acordo com a Lei de Execuções Penais (LEP), está prevista redução de um dia da pena a cada três trabalhados. E remuneração mensal de um terço do salário mínimo.

Desde junho do ano passado, os presos vêm atuando na reforma e reconstrução de praças, escolas e unidades de saúde. Um posto de policiamento comunitário do bairro Vicentina e a sede do 37º BPM (Resende) também já foram reformados com a mão de obra carcerária.

A iniciativa surgiu do projeto Ressocialização de Amor, desenvolvido pelos órgãos parceiros. A escolha dos internos para as frentes de obras é feita de acordo com o histórico de cada um. Eles trabalham como mecânicos, eletricistas, pintores, pedreiros, auxiliar de serviços gerais, calceteiros, serventes e jardineiros.

"Meu filho está melhor tanto na parte física quanto mental", agradece X., de 53 anos, mãe de Y., 22, preso por uso de drogas. "Essas pessoas precisam de oportunidades para enxergar a vida além do crime", diz o prefeito Diogo Balieiro Diniz. Pela nova rotina, os internos saem às 7h para trabalhar e retornam às 18h para as celas.

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