Por Ana Mello*

Rio - Popular, comunicativo, pai de família e líder religioso. Essas características não estavam sob suspeita quando casos de pedofilia foram denunciados contra o então pastor Paulo Giovanni. De acordo com as vítimas, o homem, que deveria ser uma referência dentro da igreja, usava de sua influência e acesso ao local para abusar de menores de idade.

“Ele é uma pessoa muito carismática, que cativa todo mundo”, afirma uma das vítimas.

A mãe de um dos menores abusados pelo ex-pastor conta que foi difícil descobrir o que estava acontecendo com o seu filho, pois não desconfiava de Paulo Giovanni.

“Você olha pra ele e pensa que ele é um homem bom. É o que ele passa para as pessoas. Você não quer acreditar (nas denúncias de abuso sexual). Num primeiro momento eu fiquei meu Deus, não acredito nisso! E é com esse jeito que ele se aproveita (para se aproximar dos menores)”, conta.

Para ela, o ex-pastor tem um perfil manipulador e se aproveitou da vulnerabilidade dos adolescentes - ainda na puberdade - para cometer os supostos crimes.

“O Giovanni é o tipo de pessoa que errou, sabe disso, mas tenta passar para as pessoas que é inocente. Tenta reverter dizendo que a iniciativa partiu dos meninos. Tenta mostrar que ele é o certo e o outro é o errado”, continua.

O DIA tentou entrar em contato com o ex-pastor por diversas vezes, mas até o fechamento desta reportagem ele não havia retornado. 

*Estagiária sob supervisão de Cadu Bruno

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