Marcelo Sessim foi à 64ª DP no dia seguinte à prisão de Bandeira - Luciano Belford/Agência O Dia
Marcelo Sessim foi à 64ª DP no dia seguinte à prisão de BandeiraLuciano Belford/Agência O Dia
Por ADRIANA CRUZ

Rio - "Corro risco de vida, mas quero a verdade. Respondo pela arma, mas não pelo dinheiro", afirmou Joshson José Bandeira, de 43 anos, pai de quatro filhos, ontem a O DIA com contracheque de dezembro em punho mostrando a lotação desde 2015 no gabinete do então deputado federal Simão Sessim, do PP, que não foi reeleito e hoje é representante do governo Wilson Witzel, em Brasília. Bandeira foi preso terça-feira com um revólver calibre 38 e R$ 149.800 em um ônibus. Ele atribuiu a quantia ao filho de Sessim, o médico Marcelo, e que seria enviada para o secretário de Emprego, Trabalho e Desenvolvimento de Nilópolis, Eduardo Amorim, o Dudu, saldar dívidas com pessoas da última eleição.

Bandeira deixou a 64ª DP (São João de Meriti) após pagar fiança de R$ 1 mil. A família Sessim o acusa de praticar ameaças contra o grupo, sequestro-relâmpago de Marcelo e extorsão que chegaria a R$ 500 mil. Ontem à tarde, Bandeira afirmou trabalhar para a família Sessim desde 2010. Apresentou Carteira de Trabalho com assinatura de contratação da Prefeitura de Nilópolis em 2012, quando Sérgio, outro filho de Sessim era prefeito. O município é a base do clã Sessim que conta com membros como o bicheiro Aniz Abrahão David, patrono da Beija-Flor, e Farid Abrahão, prefeito da cidade. "Moro há 43 anos aqui e não vou sair. Não sou bandido. A arma é minha, comprei na feirinha da Pavuna por R$ 900 para me defender das ameaças que recebi quando meu irmão foi assassinado", alegou referindo-se ao suplente de vereador em Nilópolis Wilson José Bandeira, assassinado em abril de 2015.

Pedido de empréstimo

Bandeira sustentou que foi encontrar Marcelo em um shopping para pedir um empréstimo para abrir uma farmácia. "A polícia tem que pegar as câmeras. O Marcelo sempre me ajudou. Tenho gratidão. E decidiu me ajudar mais uma vez depositando R$ 150 mil na minha conta. Quem faz sequestro-relâmpago pede depósito em conta? Isso é mentira", declarou ele que foi descoberto com a arma e o dinheiro em um ônibus porque discutiu com um passageiro e como os outros viram a arma chamaram policiais militares.

"Na delegacia, na frente do delegado e outros policiais, liguei para o Marcelo pedindo ajuda, mas ele disse que não poderia aparecer neste caso", contou Bandeira. Simão Sessim minimizou a lotação do ex-assessor. "Era um servidor que ficava no Rio. Hoje (ontem), ele continuou ligando fazendo ameaças. Para pegar o dinheiro ficou quatro horas apontando um arma para a cabeça do meu filho", disse Sessim.

Tanto Bandeira quanto Simão Sessim e o secretário Emprego Trabalho e Desenvolvimento Econômico de Nilópolis, Eduardo Amorim, o Dudu, prometem levar o caso à Justiça. "Assim que acabar a entrevista vou direto para a delegacia. Vou processar os três, Marcelo, Simão e Dudu, que é pedófilo. Não sou bandido", declarou.

Simão Sessim rebateu. "Tenho 40 anos de mandado de deputado, mais quatro de prefeito. Não respondo a nada", reagiu. Já o secretário também disse que vai tomar providências. "Ele (Bandeira) é bandido da Pedreira. Agora, quer incriminar a gente. Não vejo esse sujeito a uns dois anos. Vou processá-lo", disse Amorim.

Bandeira reforçou o elo ainda com o ex-deputado federal Simão Sessim. "Recebia mais R$ 1 mil que o ex-parlamentar me dava além dos R$ 3.294,49 que constam no contracheque. Era um faz-tudo dele aqui no escritório do Rio, mas falava mais com o Marcelo", afirmou, alegando que já fez outros seis ou sete transportes de dinheiro.

Mesmo alegando que está proibido pela a polícia de dar declarações, Simão Sessim acabou respondendo. "Não tenho relação com esse sujeito. Ele não é ninguém. A polícia já abriu outro inquérito sobre extorsão, procure o delegado. Meu filho declarou o dinheiro, resultado de seu trabalho como médico, que estava com esse rapaz", esclareceu Sessim.

Imagens do circuito de TV do shopping na Barra são peças-chave para as investigações. Mas, desde o início, a Polícia Civil diz que o caso está sob sigilo.

Troca de acusações entre os três

Tanto Bandeira quanto Simão Sessim e o secretário Emprego Trabalho e Desenvolvimento Econômico de Nilópolis, Eduardo Amorim, o Dudu, prometem levar o caso à Justiça. "Assim que acabar a entrevista vou direto para a delegacia. Vou processar os três, Marcelo, Simão e Dudu, que é pedófilo. Não sou bandido”, declarou.

Simão Sessim rebateu. "Tenho 40 anos de mandado de deputado, mais quatro de prefeito. Não respondo a nada", reagiu. Já o secretário também disse que vai tomar providências. “Ele (Bandeira) é bandido da Pedreira. Agora, quer incriminar a gente. Não vejo esse sujeito há uns dois anos. Vou processá-lo", disse Amorim.

Bandeira sustenta elo com Sessim

Bandeira reforçou o elo ainda com o ex-deputado federal Simão Sessim. "Recebia mais R$ 1 mil que o ex-parlamentar me dava além dos R$ 3.294,49 que constam no contracheque. Era um faz-tudo dele aqui no escritório do Rio, mas falava mais com o Marcelo", afirmou, alegando que já fez outros seis ou sete transportes de dinheiro.

Mesmo explicando que está proibido pela a polícia de dar declarações, Simão Sessim acabou respondendo. "Não tenho relação com esse sujeito. Ele não é ninguém. A polícia já abriu outro inquérito sobre extorsão, procure o delegado. Meu filho declarou o dinheiro, resultado de seu trabalho como médico, que estava com  esse rapaz", esclareceu Sessim. Imagens do circuito de TV do shopping na Barra são peças-chave para as investigações. Mas, desde o início, a Polícia Civil diz que o caso está sob sigilo.

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