Os peritos que trabalham no Centro de Treinamento do Flamengo, o Ninho do Urubu, investigam se a estrutura dos contêineres que pegaram fogo tinha a presença de poliuretano, o mesmo material altamente inflamável que serviu de combustível no incêndio da Boate Kiss, em 2013. O desastre no CT do clube rubro-negro matou dez jogadores e deixou três feridos, um deles em estado grave. A informação é do Jornal Nacional, da Rede Globo.
Em sua página na Internet, a NHJ, que instalou o contêineres no Ninho do Urubu, informa que utiliza o poliuretano injetado no meio dos painéis que, segundo empresa, são de chapas de aço, dos dois lados. De acordo com o Jornal Nacional, os peritos teriam encontrado espuma em parte dos painéis – instalados como se fossem paredes. Até o momento, no entanto, a NHJ não respondeu se o módulo que pegou fogo tinha a mesma composição.
O poliuretano é uma mistura de elementos químicos que se transformam em espuma rígida após a instalação, impedindo a passagem de som e do calor. O material é altamente inflamável e sua fumaça carrega gases tóxicos.
Em janeiro de 2013, a Boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, usava placas com espuma de poliuretano em sua estrutura. Com a liberação de gases tóxicos, como o cianeto, o monóxido de carbono e o dióxido de carbono, o fogo se alastrou em poucos minutos e matou 242 pessoas e deixou quase 700 feridos.