Rio - Bibi Ferreira, de 96 anos, morreu na tarde desta quarta-feira, em seu apartamento no Flamengo, na Zona Sul do Rio. Cantora, compositora, diretora e apresentadora, a veterana foi um dos maiores fenômenos artísticos do Brasil.
Segundo informações de sua filha, Tina Ferreira, não sofreu. Ela acordou, pediu um copo d'água e a enfermeira percebeu que ela estava com os batimentos mais baixos. O médico foi chamado, mas não houve tempo de levá-la ao hospital. Ainda não há informações sobre o velório.
Paixão pelo teatro
Abigail Izquierdo Ferreira, mais conhecida como Bibi Ferreira, nasceu em 1º de julho de 1922. Ela era filha do ator Procópio Ferreira e da bailarina espanhola Aída Izquierdo. Bibi Ferreira atuou em filmes, apresentou programas de televisão, gravou discos e dirigiu shows. Mas sua grande paixão sempre foi o teatro.
Em 1960, Bibi inaugurou a TV Excelsior com o programa ao vivo "Brasil 60". Na mesma emissora, ela também apresentou o programa "Brasil sempre aos domingos". Ainda na década de 60, a artista estrelou dois musicais que foram marcantes em sua carreira: "Minha Querida Dama", de Frederich Loewe e Alan Jay Lerner, e "Alô, Dolly!", versão da obra "The matcmaker", de Thornton Wilder.
Além do teatro ela também participou de produções no cinema como “Flávio Rangel - O Teatro na Palma da Mão” (2011), “Marquesa de Santos”(1984) e “ Leonora dos Setes Mares” (1956). Em 2003, a veterana foi enredo da escola de samba Viradouro e, recentemente, teve sua história contada em um musical de Arthur Xexéo e Luanna Guimarães.