Rio - A Polícia Civil fez, nesta quinta-feira, uma operação contra a quadrilha do miliciano Wellington da Silva Braga, conhecido como Ecko, e do irmão Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho. Os agentes pretendiam cumprir 20 mandados de prisão e 18 de busca e apreensão, em endereços da Zona Oeste do Rio e da Baixada Fluminense.
Informações da polícia, no entanto, afirmam que houve vazamento da operação. Ela teria sido descoberta no último dia 1º, quando foi publicada a decisão da juíza Regina Celia Novais, da 1ª Vara Criminal de Santa Cruz, determinando a prisão de Ecko e mais 42 pessoas acusadas de pertencer ao grupo paralimitar.
Apenas um dos procurados foi preso nesta quinta: Márcio Gomes da Silva, o Pará. Uma moto e vários malotes de dinheiro foram apreendidos.
A ação também pediu o bloqueio de R$ 4 milhões em imóveis da quadrilha. O grupo se autointitula Liga da Justiça e tem forte atuação na Zona Oeste do Rio e em municípios da Baixada Fluminense.
"Nós vamos atrás do dinheiro do crime", o secretário estadual de Polícia Civil, Marcus Vinícius de Almeida Braga, resumiu a operação.
Casa de R$ 1,7 mi
Os policiais estiveram em uma residência de Zinho, em um condomínio do Recreio dos Bandeirantes. A casa é avaliada em R$ 1,7 milhão. Alguns membros da organização adquirem imóveis com dinheiro da atuação do grupo.
De acordo com as investigações, Zinho é o responsável pela lavagem de dinheiro da quadrilha e já foi citado em outras investigações do bando. Ele é um dos sócios da Macla Extração e Comércio de Saibro, empresa de extração de areia e saibro em Seropédica, na Baixada, com sede no Recreio.
Segundo o Ministério Público do Rio (MPRJ), há indícios de que a empresa é usada para lavar o dinheiro da milícia comandada por Ecko. A sede dela também foi alvo de mandado de busca e apreensão na operação desta quinta.