Vinicius Serra  - Reprodução
Vinicius Serra Reprodução
Por Luana Benedito e Rafael Nascimento

Rio - Vinícius Batista Serra, que espancou por quatro horas a paisagista Elaine Carrapoz, já agrediu o pai e o irmão deficiente. As agressões teriam acontecido no dia 8 de fevereiro de 2016, de acordo com o boletim de ocorrência feito pelo próprio pai do jovem, Zacarias Batista de Lima.

Segundo o relato, por volta das 2h30 daquele dia, Zacarias foi acordado por gritos e ao chegar no quarto dos filhos, viu que Vinícius estava em cima do irmão deficiente aplicando golpes de jiu-jitsu contra ele. O pai contou que o jovem, então com 24 anos, estava descontrolado e o atingiu com um soco no rosto quando o homem tentou retirá-lo de cima do filho.

Ainda de acordo com o pai, a razão da agressão era a suspeita de que o irmão tivesse pegado R$ 1,2 mil que pertenceriam a Vinicius. Na ocasião, Zacarias também contou que Vinícius era faixa roxa de jiu-jitsu e andava "muito destemperado".

Na tarde segunda-feira, o Tribunal de Justiça do Estado converteu em prisão preventiva a detenção de Vinícius. Ele é acusado de tentativa de feminicídio por ter agredido a empresária, que está com mais de 40 pontos na boca e hematomas provocados pelos socos e chutes no tórax. 

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O juiz Alex Quaresma Ravache, que presidiu a audiência na Central de Audiência de Custódia (Ceac) do Tribunal de Justiça do Rio, determinou também o encaminhamento do acusado para avaliação médica psiquiátrica.

Vinícius foi preso em flagrante pelo crime de feminicídio tentado, punido com pena privativa de liberdade máxima superior a quatro anos. Os policiais relataram que, ao fazer a prisão do acusado, encontraram a vítima gravemente ferida, constatando sangue em diversos cômodos do apartamento. Já o segurança do condomínio contou ter acionado a polícia e que Vinicius foi detido na portaria do prédio, com as roupas manchadas de sangue.

O irmão da empresária, Rogério Perez, 44 anos, contou que a irmã está irreconhecível. Na tarde desta segunda-feira, a empresária deixou o Centro de Tratamento Intensivo (CTI) da Casa de Portugal e foi encaminhada para o quarto da unidade. Ela foi espancada na primeira vez que encontrou o agressor pessoalmente.

"Cada vez que eu vejo a minha irmã eu não consigo reconhecê-la. Aquela pessoa que está ali desfigurada não representa, diretamente, a fisionomia da minha irmã. Ele deixou a minha irmã numa situação que eu a não reconheço. Toda vez que eu chego lá para visitá-la eu fico chocado. Não tem como se acostumar como ela ficou", desabafou Rogério.

"Ela teve um problema de pulmão, de creatina por insuficiência renal, e tem múltiplas fraturas no rosto. Ela está muito abalada e traumatizada.Estão averiguando se ela tem edema cerebral, mas parece que não tem. Mas tem várias fraturas, de face, nariz, globo ocular, maxilar, dentes, fronte, trauma de pulmão, insuficiência renal. Ela está muito ruim", completou o irmão.

 

 

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