Cena de José Loreto e Marina Ruy Barbosa - reprodução / tv globo
Cena de José Loreto e Marina Ruy Barbosareprodução / tv globo
Por Beatriz Perez

Rio - Uma trama de novela virou o assunto mais comentado nos últimos dias. Mas, nesse caso, qualquer semelhança com a vida real não é mera coincidência. A atriz Débora Nascimento se separou do ator José Loreto por causa de uma traição. O caso, revelado com exclusividade pelo colunista Leo Dias, virou tema de discussões acaloradas na internet e até nas mesas de bar. É que o relacionamento com a atriz Marina Ruy Barbosa, par romântico de Loreto na novela ‘O Sétimo Guardião’, da TV Globo, não teria se limitado à ficção. Nas ruas, há quem defenda Marina Ruy Barbosa.

A dona de casa Sandra Regina, de 58 anos, diz que a hostilidade é ‘um pouquinho de inveja’. “Pessoas que romperam com ela no Instagram sem saber exatamente o que houve, não são amigas. Eu não acredito que ela tenha feito isso não”, disse, depois de se exercitar na Praia Vermelha, Zona Sul do Rio. Ela se referiu às colegas Bruna Marquezine, Thaila Ayala e Giovanna Ewbank, que deixaram de seguir a ruiva no Instagram. Sandra, inclusive, disse que já foi traída. E perdoou. “A gente sabe que traição não é mole”, conta.

Para a dona de casa Sandra Regina se o arrependimento for sincero, vale perdoar uma traição em nome do amor - Luciano Belford/Agência O Dia

A aposentada Marcia Cristina Lopes, de 53 anos, também acredita que é possível perdoar. “Mas ator tem muito essa coisa de pele com pele”. Na verdade, o ator Daniel Almeida, de 27 anos, garante que não é bem assim. O artista reconhece que é comum rolar um clima entre colegas de trabalho. Mas acredita que isso não é exclusividade de artistas. Ao contrário do que possa parecer, diz ele, cenas de sexo e beijo não provocam romantismo e desejo sexual nos atores na vida real. “A gravação é picotada. A cena de sexo é profissional e tem várias intervenções. Dá um beijo, corta, muda de câmera, faz uma tomada só da mão. Quem é da área sabe muito bem o respeito que tem que ter”, explica.

Entre colegas de trabalho

O ditado popular garante: ‘onde se ganha o pão, não se come a carne’. Mas nem sempre esse assunto é tratado como um tabu que não pode ser quebrado. A psicóloga Monica Portella diz que é comum se envolver afetivamente com colegas por uma afinidade natural.”Se a química intelectual funcionar, os dois podem até produzir mais. Mas é preciso saber separar momento de lazer e de trabalho”, alerta.

A empresária Karoline Garrett, de 30 anos, acredita que a convivência diária no ambiente de trabalho às vezes se torna ainda mais intensa do que o contato entre marido e mulher. Ela é cautelosa e prefere evitar o envolvimento amoroso com alguém com quem se encontre acidentalmente durante o expediente. Mas reconhece que já teve um relacionamento desse tipo. E não se arrepende. “Foi muito tranquilo. Durante o horário de trabalho, a relação era profissional. Ninguém soube o que aconteceu. Foi um relacionamento discreto”.

Roberto Carlos Sa

Marcia Cristina Lopes: Se o casamento não estava desgastado, vale chegar a um acordo - Luciano Belford/Agência O Dia
ntos, de 47 anos, também já passou por essa situação no ambiente de trabalho. “Tinha medo que alguém descobrisse e virasse fofoca”, revela, em meio à polêmica de um caso do tipo que virou assunto no país.

Especialistas falam sobre infidelidade

Para evitar o ciúme e a desconfiança do companheiro em relação às amizades no trabalho, a indicação é buscar a aproximação. “Apresentar os colegas de trabalho para o cônjuge desmistifica que se possa haver uma relação extraconjugal e diminui a insegurança do companheiro”, explica a psicóloga Monica Portella.

A capacidade de superar uma traição é subjetiva. Para quem traiu, a melhor alternativa é consertar o erro. Mas o desafio é difícil, conta a psicanalista e psicóloga Renata Bento. “Confiança e respeito formam a base para uma relação funcionar. Quando isso é abalado, vai depender muito do que a pessoa traída acredita como base de relacionamento”.

Algumas pessoas podem perdoar. Outras, explica Renata, precisam colocar um ponto final no relacionamento. “O peso da desconfiança pode ser maior do que a pessoa pode suportar. Tem gente que não consegue tolerar a quebra de confiança”, acrescenta.

Por outro lado, há pessoas que precisam flertar e seduzir, mesmo tendo um relacionamento, conta a psicóloga. “É uma falta de amadurecimento. Como se seduzir não fosse machucar o outro”, explica.

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