Wilson Witzel durante uma visita ao Sambódromo com funcionários que trabalhavam no local - Luciano Belford
Wilson Witzel durante uma visita ao Sambódromo com funcionários que trabalhavam no localLuciano Belford
Por Lucas Cardoso

Rio - O governador Wilson Witzel falou, em coletiva realizada na tarde desta quinta-feira, no Sambódromo, sobre as Organizações Sociais (OSs) citadas na Operação Lava Jato. "Todos os contratos estão sendo auditados para confirmar a contraprestação de serviço. Se for verificada a necessidade de trocar, o faremos", garante.

Em depoimento à Justiça Federal nesta semana, o ex-governador do estado Sérgio Cabral, que revelou esquemas de propina no seu governo, disse não ter dúvidas de que havia esquema envolvendo as Organizações Sociais (OSs) e a Igreja Católica.“Com todo o respeito ao Dom Orani (arcebispo), mas ele tinha interesse nisso...Essa Pró-Saúde certamente tinha esquema de recursos que envolvia inclusive religiosos”.

Em nota, a Arquidiocese informou que o único interesse da Igreja e de seu arcebispo é de que as OSs cumpram seus objetivos de servir ao bem comum, respeitando as leis.

Durante a coletiva, Witzel também falou sobre a prisão do policial civil e instrutor de tiro Flavio Paca Castello Branco, por suspeita de extorsão. Flavio atuou como consultor de segurança de Witzel e foi capturado na Operação Quarto Elemento, da corregedoria da Polícia Civil.

"Ele não é meu consultor de segurança. Não preciso disso. Foi candidato pelo PSC. Sou consultor de direito penal e trabalhamos com outros acadêmicos que já trabalharam na segurança pública. Se o juiz decretou a prisão, ele tem indícios para isso. Se há elementos, ele vai responder pelo que é devido e que se explique na justiça. Ele foi meu colega de faculdade, assim como a esposa dele. Tivemos convivência, o que é normal. Mas, se ele cometeu algum ato ilícito, deve ser punido. Durante a corrida eleitoral, várias pessoas estiveram ao nosso lado, todas com antecedentes checados", disse.

Witzel tomentou sobre os desfiles do Grupo Especial na Sapucaí. "Com a imensa satisfação que nós estamos vendo, mais uma vez, o Carnaval do Rio no topo do interesse dos turistas. Isso demonstra o potencial do carnaval, do reconhecimento do estado. Há um cálculo aproximado de que vão ser gerados pela festa um retorno de R$ 2,6 bilhões. Nós estamos felizes por ter colaborado com isso através da lei de incentivo. São R$ 15 milhões para as escolas fazerem ensaios técnicos, desfiles, R$ 1 milhão para as escolas mirins e R$ 8 milhões para os blocos. Investimos para que não tenhamos os mesmos problemas do ano passado", comentou.

 

Você pode gostar
Comentários