Calino era considerado um dos maiores mestres da fotografia contemporânea.  - Divulgação: Álbum de Família
Calino era considerado um dos maiores mestres da fotografia contemporânea. Divulgação: Álbum de Família
Por O Dia

O fotógrafo Antônio José Moura Calino, de 77 anos, morreu nesta madrugada, em Volta Redonda, no Sul do estado, onde residia com a família. Ele estava internado no Hospital das Clínicas, na Vila Santa Cecília, na mesma cidade. A causa da morte não foi revelada. O corpo está sendo velado no Cemitério Portal da Saudade e o sepultamento está previsto para o mesmo local, às 16h30.

Calino, como assinava profissionalmente, era considerados um dos maiores profissionais do país. Suas fotos contam a história da cidade e de milhares de pessoas na região. “Mestre, amigo e grande exemplo para todos os que o conheceram, sua morte nos trouxe a certeza que o que deixamos é o bem que fazemos aqui na Terra”, publicou a família em nota, numa rede social.

De acordo com parentes, Calino começou a fotografar como hobby, ainda adolescente. Estudava no Colégio Batista.

“Sabe aquela história da criança que quer ter um brinquedo igual ao do colega? Pois é! Havia dois colegas que já fotografavam nas inúmeras excursões e atividades que o colégio realizava, e eu ficava desejoso de também “brincar” de fotografia”, contava, o próprio Calino.

Com a ajuda dos pais e avós adquiriu a primeira máquina fotográfica e “já enturmado” com os dois colegas, realizou o sonho de criança, se filiando posteriormente ao Clube Foto Filatélico e Numismático de Volta Redonda, onde passou a desenvolver a fotografia como meio de expressão artística. Foi diretor do clube e acabou assumindo o papel de professor de fotografia nos cursos básicos e, posteriormente, universitário.

Segundo contava a amigos, como a fotografia era "um esporte caro", ele, como bancário (sua profissão), tinha dificuldades em manter o hobby. Mas, gradativamente começou a comercializar pequenos serviços, como fotografar aniversários e casamentos. Naquela época não havia escolas de fotografia e o grupo que ele frequentava era igualmente limitado nos conhecimentos técnicos. Por correspondência, porém, acabou conhecendo seu maior mestre, Paulo Pires da Silva, de São Carlos (SP,) que desde 8 de março de 1960 passou a ser seu professor, através de correspondências. Acabou se transformando num dos maiores empresários do setor de áudio-visual do interior do Rio.

“Agradecemos todas as mensagens de conforto recebidas até agora. Devemos sempre lembrá-lo com alegria, gratidão e muita saudade”, ressalta outro trecho da nota da família. Calino era casado e tinha três filhos, além de netos.

 

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