Rio - Um grupo de seis estudantes de Engenharia foi classificado para a final de uma competição internacional voltada para a solução de problemas sociais. A Invent For The Planet, criada pela Universidade do Texas, nos Estados Unidos, selecionou cinco equipes no mundo e os brasileiros fazem parte da única representante do hemisfério sul na disputa. Para conseguir ir ao evento, o Time Tupã, com alunos do Cefet e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), busca recursos para a viagem.
A competição propôs aos participantes de 25 países pelo mundo a pensarem sobre problemas sociais e os instigou a buscarem soluções para os temas escolhidos, em três etapas no processo. A primeira é uma fase interna nas universidades simultaneamente em todo o mundo; a segunda consiste no envio da apresentação em vídeo das equipes vencedoras da primeira etapa e um documento para ser avaliado pela banca; a terceira, e última, é a competição que acontecerá no Texas, do dia 23 a 25 de abril.
Entre as cinco equipes escolhidas estão duas da Europa - uma da Universidade Aristóteles de Salonica, na Grécia, e outra da Universidade de Swansea, no País de Gales -, duas dos Estados Unidos - uma da James Madison University e outra da própria instituição que promove a competição, a Texas A&M University - e uma do Brasil - do grupo que contou com a Cefet e a UFRJ. O estudante da Cefet, Giovanni Enokibara, explica como foi participar do processo.
"Foi uma experiência muito desafiadora. Em 48h criar, pensar, desenvolver, construir e apresentar uma ideia do zero é bem difícil. A disputa toda ocorreu com o clima de companheirismo, ideias, opiniões e ajuda de fora eram incentivadas, como é o espírito do Invent For The Planet. Os professores também foram de muita ajuda", afirmou.
O Time Tupã (nome em homenagem ao deus do trovão na cultura tupi-guarani) também é composto pelos estudantes Breno Ferreira, Caio de Lima, Felipe Macedo e Luã Guedes, do Cefet, e pelo estudante da UFRJ Victor Hugo Benicio. O grupo escolheu a questão da melhora na qualidade de vida e desenvolveu um protótipo destinado às pessoas com deficiência visual.
O projeto é capaz de auxiliar na locomoção a partir do reconhecimento de obstáculos. O preço do protótipo foi pouco mais de R$ 120 e o valor tende a diminuir, uma vez produzido em larga escala. O grupo também pensa em comercializar a ideia e buscar investidores para o projeto. Enokibara conta que foi difícil chegar a uma solução, ainda mais com um prazo curto.
"Foi crucial determinarmos cinco critérios básicos no projeto: ser capaz de identificar obstáculos, não atrapalhar os outros sentidos, ser discreto, leve e de baixo custo. Essa é a razão dele alertar através de ondas vibratórias, já que um aviso sonoro poderia atrapalhar o deficiente visual que já possui uma limitação em um sentido", disse.
Para a viagem, o Time Tupã depende de ajuda para arcar com os custos das passagens, das hospedagens e da alimentação. Até o dia 23 de abril, eles precisam arrecadar cerca de R$ 30.000,00. As doações podem ser feitas no site vakinha.com.br através do título "Nos ajude a participar de competição internacional" ou pelo código 499024.
Caso queira ajudar, clique aqui.
*Estagiário supervisionado por Thiago Antunes