
Muito abalada, a mãe de Rodrigo precisou ser amparada por familiares e foi colocada em uma cadeira de rodas. Ninguém quis falar com a imprensa.
O cabo estava de carro com o irmão, também policial militar, quando os dois foram abordados por bandidos na Rua Albertina Guerra, na altura da Igreja Metodista do bairro.
De acordo com a Polícia Militar, os agentes estavam a caminho do trabalho, na UPP Providência, no Centro. O cabo foi socorrido pelo irmão, o também cabo Alexander Queto Sardinha, que o levou ao Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes.
O cabo Rodrigo, que estava na PM desde dezembro de 2012, já deu entrada na unidade sem vida. Um dos bandidos que participou da ação foi baleado, mas conseguiu fugir.
Em uma rede social, o irmão do policial disse como foi minutos antes do crime. "(Foi uma) tentativa de assalto e homicídio. Eles vieram para cima (da gente) e reagimos", o homem postou.
Investigação
Colegas de farda do militar acompanharam a perícia feita na Pavuna. Muito abalado, Alexandre Queto ajudou os policias a localizar possíveis indícios dos criminosos. Peritos recolheram algumas cápsulas que ficaram espalhadas pela rua.
Investigadores disseram ao DIA que foram recolhidas várias cápsulas de pistolas 9mm e de 380. "Só depois da perícia que vai ser possível saber com qual arma ele morreu", afirmou um dos investigadores, que não quis se identificar.
Os policiais civis também procuraram câmeras de segurança que possam ajudar a identificar os suspeitos.Os agentes trabalham com a hipótese de eram três homens no carro dos criminosos. Entretanto, não descartam a hipótese de uma quarta pessoa no veículo. Latrocínio (roubo seguido de morte) é a principal linha de investigação da DH.
Mais de 20 PMs mortos
A Polícia Militar disse que, com o assassinato do cabo Sardinha, até agora, em 2019, já foram mortos 21 PMs em ações violentas no estado. Três deles estavam em serviço, 12 de folga e seis eram reformados (aposentados).