No Complexo da Maré, polícia apreendeu drogas, armas e patinetes  - divulgação
No Complexo da Maré, polícia apreendeu drogas, armas e patinetes divulgação
Por Bernardo Costa

Rio - A Polícia Civil investiga uma nova modalidade de crime no Rio: o furto dos patinetes elétricos que começaram a circular na cidade em dezembro passado. Segundo informações da 21ª DP (Bonsucesso), grupos criminosos descobriram uma maneira de desbloquear o sinal de GPS dos equipamentos, impedindo o monitoramento por parte da empresa responsável. Com isso, os patinetes estão sendo descaracterizados e vendidos pelo preço de R$ 250 cada. A PM também confirma o crime, e informa que 'a modalidade criminosa está surgindo agora'. De acordo com o delegado Flávio Almeida, titular da 21ª DP, os grupos criminosos atuam ao lado de hackers.

"Há um comércio ilegal em desenvolvimento. O hacker paga R$ 150 ao ladrão, desbloqueia o aplicativo dos patinetes e vende por R$ 250. A prática é recente", explica o delegado Flávio Almeida, acrescentando que, só nesta semana, houve o registro na delegacia de Bonsucesso de 12 patinetes elétricos apreendidos.

Na segunda-feira, uma operação da Polícia Militar no Complexo da Maré apreendeu drogas, armamento e recuperou seis patinetes elétricos, que foram confirmados pela empresa proprietária como produtos de crime. Na imagem divulgada pela PM é possível constatar que alguns equipamentos foram descaracterizados e customizados para dificultar a identificação.

"A apreensão dos patinetes elétricos tem sido corriqueira em nossa área de atuação. Os policiais relatam que encontram pessoas com os equipamentos na Avenida Brasil, fazem a abordagem e pedem nota fiscal. Como não há, eles são levados para a delegacia, onde estamos constatando, junto às empresas, que os patinetes estão sendo furtados", disse um policial do serviço reservado do 22º BPM (Maré), batalhão que compreende as regiões de Benfica, Bonsucesso, Ramos, Manguinhos, Higienópolis e Complexo da Maré.

Procurada, a empresa Grow, detentoras dos patinetes elétricos das marcas Grin e Yellow, disse que não informa o número de equipamentos furtados no Rio por questões de segurança. E acrescenta que o monitoramento por GPS já levou à recuperação dos patinetes e à apreensão de pessoas envolvidas nesses casos, e que mantém contato frequente com autoridades, além de receber denúncias dos próprios usuários que ajudam na recuperação dos equipamentos.

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