Pastor Anderson, marido de Flordelis, foi assassinado em junho do ano passado - Arquivo Pessoal
Pastor Anderson, marido de Flordelis, foi assassinado em junho do ano passadoArquivo Pessoal
Por RAFAEL NASCIMENTO
Rio - Os três criminosos que mataram o pastor Anderson do Carmo, marido da missionária e deputada federal Flordelis, já estavam dentro do condomínio quando quando o casal chegou em casa, na madrugada de domingo. Os dois cachorros da família foram dopados e um exame toxicológico deve indicar que substância foi dada aos animais. Segundo fontes da polícia, está descartada a hipótese de que motoqueiros que teriam seguido o casal  para cometer o crime. 
A principal linha de investigação é execução, devido a uma desavença familiar por causa de dinheiro, conforme O DIA revelou. Ainda de acordo com os investigadores, Anderson foi ao closet trocar de roupa. Por algum motivo, ainda desconhecido, ele foi de cueca à garagem e acabou executado pelos bandidos.
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Ao ouvir o primeiro tiro, Flordelis, que estava no terceiro andar da casa, desceu e ainda viu os criminosos. No momento do crime, 30 pessoas, entre filhos e netos, estavam em casa. Até agora cinco familiares — Flordelis, dois filhos e dois netos do casal — já prestaram depoimentos. As outras testemunhas serão ouvidas a partir desta segunda-feira.  
De acordo com a delegada Bárbara Lomba, o exame toxicológico — que pode dizer se os cães foram ou não dopados — ficará pronto nesta terça-feira. Ainda de acordo com Lomba, as hipóteses de crime político e latrocínio (roubo seguido de morte) estão descartadas. "A investigação está em aberto, estamos ouvido várias pessoas. Mas, o que podemos afirmar, é que não houve latrocínio", disse Bárbara Lomba, titular da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI), ao O DIA.
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A polícia já sabe que os executores do pastor usaram pelo menos duas pistolas Glock calibre 9mm, e dois fragmentos de bala encontrados no local podem ajudar a identificar quem comprou as munições. O pastor foi atingido por mais de 15 tiros, a maioria nas regões do tórax e da genitália. O corpo de Anderson foi enterrado nesta segunda-feira.
Os legistas que realizaram a autópsia não conseguiram concluir se os disparos foram feitos pelas costas ou pela frente da vítima. Fontes da Polícia Civil disseram ao DIA que não é comum uma pessoa ser alvejada na região do corpo onde o homem foi atingido.