“Ele nega que tenha realizado um segundo depoimento no qual tenha feito alguma confissão. Se existir algum depoimento, seja por escrito ou em vídeo, iremos sustentar que é inidôneo”, disse Rollemberg.
Ontem, a parlamentar chegou para prestar depoimento na sede da DHNSG, às 13h, e até o fim da noite permanecia na delegacia. Mais de 20 pessoas já foram ouvidas pelos investigadores. Há questões ainda sem respostas: onde estão os celulares de Flávio e do pastor e, principalmente, a motivação do crime.
De acordo com a chefe da investigação, delegada Barbara Lomba, Flávio confessou que comprou a arma dois dias antes do crime e que fez sozinho os disparos que vitimaram seu padrasto. A confissão surgiu após a polícia encontrar uma pistola 9mm em seu quarto, na terça-feira.
A delegada afirma que a arma encontrada é a utilizada no crime, mas aguarda a perícia do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE).
Mais cedo, outro defensor de Flávio, Maurício Mayr, afirmou que irá pedir a transferência de seu cliente, alegando que as condições na delegacia são insalubres. “Meu cliente está sem tomar banho há quase uma semana, almoça e só tem outra refeição às 18h”, disse o advogado.
Segundo Mayr, ele não teve acesso aos autos e não soube afirmar se o seu cliente realmente confessou ter atirado. “Muito foi veiculado e não sabemos se é verdade. Só com os autos vou saber”, afirmou o defensor.