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Por O Dia
Rio - O governador do Estado Wilson Witzel (PSC) disse, na tarde desta quarta-feira, que o Rio de Janeiro e São Paulo podem sediar competições da Fórmula 1. "Não tem disputa entre SP e RJ nenhuma. É bom deixar bem claro, que eu sempre defendi junto à F1 que nós tivéssemos dois grandes prêmios", afirmou em evento com o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, no Palácio Guanabara. 
No entanto, o governador não entrou em detalhes se as competições poderiam ser alternadas ou não. "O Rio de Janeiro e São Paulo são locais que podem e merecem receber dois grandes prêmios. Eu nunca defendi que tirassem a competição de SP. Pelo contrário, eu defendo que tenha o prêmio em Interlagos", ressaltou. 
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O prefeito Marcelo Crivella se mostrou afinado com o governador ao defender a construção do Autódromo de Deodoro para sediar, entre outras competições, a corrida de Fórmula 1. O prefeito lembrou que a região onde será erguido o autódromo será altamente beneficiada pela iniciativa. 

"É bom lembrar que a Transbrasil está ficando pronta no final do ano, inclusive com um terreno do estado onde haverá a rodoviária final do BRT Transbrasil em Deodoro. Nosso autódromo tem, sim, boas estradas, boas rodovias, dois aeroportos próximos – afirmou Crivella. – O autódromo não é só a pista, tem todo um complexo, hotel, centro de convenção, de exposição, projetos residenciais. Vai mudar o perfil econômico da região norte da cidade", afirmou Crivella. 
Witzel criticou uma declaração do governador de São Paulo, João Dória (PSDB), que afirmou que só se chega ao futuro autódromo em Deodoro, na Zona Oeste da cidade, a cavalo. "Isso é de uma ignorância de alguém que está olhando pro próprio umbigo. Eu não olho pro meu umbigo. Eu olho pro Brasil", destacou. 
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Nesta segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) recebeu no Palácio do Planalto, o CEO do Liberty Media, grupo que controla a Fórmula 1, Chase Carey; e o governador Wilson Witzel. Após o encontro, Bolsonaro disse que há "99% de chance" de o Grande Prêmio de Fórmula 1 seja disputada no Rio de Janeiro a partir de 2021 e não mais em São Paulo.

"Nós não perderemos a Fórmula 1. O contrato vence ano que vem com São Paulo e eles resolveram voltar ao Rio de Janeiro. 99% de chance, de termos a Fórmula 1 a partir de 2021 no Rio de Janeiro. Obviamente, as consequências positivas da Fórmula 1 aqui são muito boas", disse o presidente.

Dentre as vantagens citadas por Bolsonaro, está a maior capacidade de público do novo autódromo. Segundo ele, seriam 130 mil pessoas no Rio, contra o público de 60 mil em Interlagos. Ele afirmou ainda que o autódromo projetado para o Rio seria uma pista multiuso. Nela, também poderia ser disputada a Fórmula E, categoria de automobilismo com carros elétricos, dentre outros eventos.

O presidente aproveitou para provocar o governador de São Paulo, João Doria. E afirmou que o possível rival em 2022 deveria "pensar no País".

"A imprensa diz que ele será candidato à Presidência em 2022, então ele tem de pensar no Brasil. Se ele disputar a reeleição, aí ele pensa no seu Estado. Melhor ficar no Rio do que não ficar em lugar nenhum", disse Bolsonaro, em referência ao tucano. Na quinta-feira, o presidente já havia escolhido São Paulo para anunciar que poderia recuar da promessa de campanha e concorrer a um segundo mandato.

Já o CEO da Fórmula 1 disse que as negociações com os dois estados ainda estão ocorrendo e que a melhor decisão será tomada: “Não temos nada fechado. Estamos empenhados nas discussões no Rio de Janeiro e em São Paulo. Não queremos eliminar nenhuma possibilidade”.

Chase Carey informou que quer proporcionar aos fãs brasileiros uma experiência semelhante à da final do futebol americano nos Estados Unidos, o Superbowl. “O que queremos procurar é a melhor experiência geral para os fãs. Como é feito com o Superbowl. Também tem música, comida, exibições, experiências”.

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse que os grandes eventos na capital do estado têm sido bem-sucedidos e negou que a violência na cidade seja um problema. Segundo ele, o índice de criminalidade é baixo nas áreas turísticas da cidade.

“Estamos enfrentando o crime organizado com muita contundência para poder reduzir os índices de criminalidade que são elevados na Baixada Fluminense, em comunidades. No grande cinturão cultural e turístico do Rio de Janeiro os índices são muito baixos e tem permitido um turismo cada vez mais crescente”.