Funcionária de um supermercado guarda as compras em sacolas plásticas - Felipe Rebouças
Funcionária de um supermercado guarda as compras em sacolas plásticasFelipe Rebouças
Por Jennifer Alves*

Os cariocas começam a mudar a maneira com que fazem compras no supermercado. É que com a Lei nº 8.006/18, a distribuição de sacolas plásticas nas grandes redes varejistas está proibida e somente estão sendo distribuídas duas unidades, feitas de material reciclável, aos consumidores. Com a medida, os clientes precisam ir às compras precavidos.

"Com três sacolas reutilizáveis (ecobags) presas na parede da cozinha conseguiremos gerenciar bem. Teremos que criar o hábito de levá-las para onde for. Uma para as compras refrigeradas, outra para o material de limpeza e a última para alimentos não perecíveis", ensina a consultora de sustentabilidade Fernanda Cubiaco.

Para ajudar os clientes, a Associação de Supermercados do Estado do (Asserj) está promovendo a campanha Desplastifique para conscientizar a população sobre o uso do plástico. A entidade afirmou que a medida trará benefícios ao meio ambiente.

De acordo com a nova lei, os grandes supermercados poderão distribuir, gratuitamente, duas sacolas, feitas de material reciclável, aos consumidores durante seis meses. Após esse período, caso o cliente não tenha levado sua própria bolsa, os estabelecimentos poderão vender sacolas, a preço de custo (cerca de R$ 0,08).

Os mercados de pequeno porte terão até novembro deste ano para se adequarem à lei. Os demais estabelecimentos, como lojas, padarias e farmácias, por exemplo, terão até junho de 2020 para se enquadrar. Caso haja descumprimento, os mercados vão pagar multa de R$ 342 a R$ 34,2 mil.

"Eu utilizo plástico porque é a única opção que me dão. Mas, por mim, usaria sacolas de papel. A natureza não merece esperar 50 anos para um plástico se desfazer. Todos perdemos", afirma a massoterapeuta Rosangela Ferreira, de 62 anos, que garante que vai levar de casa a própria sacola na hora de fazer compras.

O professor de Oceanografia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), David Zee, é possível substituir o plástico das sacolas por papel de jornal na hora de descartar o lixo orgânico. Já o material reciclável, ou o dito seco, pode ser descartado dentro de uma caixa de papelão. "O maior inimigo do oceano é o plastico, o esgoto não é tão perigoso, porque a natureza consegue lidar com isso. O plástico leva muito tempo para se dissolver na natureza", avisa.

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