Taxista estava desaparecido desde sábado - Arquivo Pessoal
Taxista estava desaparecido desde sábadoArquivo Pessoal
Por RAFAEL NASCIMENTO
Rio - O corpo que seria de um taxista que estava desaparecido desde sábado foi encontrado carbonizado dentro do próximo veículo incendiado, na noite deste domingo, na Favela da Guaxa, no bairro Jardim Olavo Bilac, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. João Vitor Machado Moreira, 22 anos, saiu de casa na Penha Circular, na Zona Norte da capital, e desde não não foi mais localizado pela família.
"Ele saiu de casa por volta de 17h e não retornou, mas não saiu para trabalhar porque estava de bermuda e chinelo. Ele saiu para ir a algum lugar próximo de casa, deveria retornar para trocar de roupa e trabalhar à noite, mas não voltou", diz o pai, o também taxista Jadir Paixão Moreira, 48 anos, que esteve na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), especializada que encontrou o corpo. 
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O pai diz que mandou mensagem para o filho por volta das 22h e ele não respondeu. Amigos que trabalhavam com ele também tentaram contato, mas não conseguiram. A última pessoa que conseguiu falar com o jovem foi a irmã.
"Esperamos 24 horas, como não apareceu procuramos a 22ª DP (Penha) para registrar e espalhamos em grupos de amigos e de taxistas, que divulgaram o desaparecimento", contou o pai. Jadir disse que nesta segunda-feira recebeu a informação que o carro estava na Favela da Guaxa. Ele foi até o local e reconheceu como o veículo do filho, um Grand Siena, além da forma como o banco estava reclinado.
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A família preparava uma festa surpresa para o rapaz, que faria aniversário no próximo sábado. "Ele ia completar 23 anos e estávamos preparando uma festinha surpresa, mas infelizmente não será feita porque não deixaram. Quero saber a motivação dessa barbaridade toda", disse, emocionado. Ele disse que o filho não tinha inimigos. 
"Estamos à mercê da violência", diz pai de taxista

"Por mais que façamos a coisa certa, estamos à mercê dessa violência que atinge a nossa cidade e o estado", diz seu Jadir após prestar depoimento na DHBF, na tarde desta segunda-feira.   Abalado e sem acreditar que o corpo encontrado pode ser do filho mais novo, o taxista lembra que o filho estava feliz porque iria começar na faculdade.

"Ele não tinha inimigos. Pelo contrário, ele estava muito alegre porque queria começar a fazer logística", lembrou o pai que desabafou. "Peço que a DHBF me ajude a identificar quem fez essa atrocidade com o meu filho. Ele tinha apenas 22 anos. Eles não deixaram ele completar os 23 anos. Quero saber quem fez e a motivação dessa barbarie com o meu filho", salientou Jadir.

Os restos mortais que pode ser de João Vitor Machado está no Instituto Médico Legal (IML) de Duque de Caxias. O corpo deverá passar por um exame de DNA.

O DIA tentou contato com a Polícia Civil para saber detalhes sobre o caso. Entretanto, até a publicação da reportagem a corporação ainda não havia retornado.
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Carro do taxista desaparecido foi encontrado perto da Favela da Guaxa, em Caxias - Arquivo Pessoal