Justiça do Rio aceita denúncia contra seguranças por estrangulamento em supermercado
Davi Ricardo Moreira Amâncio é acusado de estrangular Pedro Henrique de Oliveira Gonzaga, 19 anos, dentro do estabelecimento. Já, Edmilson Felix Pereira foi denunciado por não ter agido para impedir a ação do colega que levou o rapaz à morte
Rio - O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) aceitou nesta terça-feira a denúncia do Ministério Público do Rio (MPRJ) de homicídio doloso oferecida contra seguranças que participaram do estrangulamento de um jovem em um supermercado da Barra em fevereiro. Davi Ricardo Moreira Amâncio é acusado de estrangular Pedro Henrique de Oliveira Gonzaga, 19 anos, dentro do estabelecimento. Já, Edmilson Felix Pereira foi denunciado por não ter agido para impedir a ação do colega que levou o rapaz à morte.
A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público do Rio, que se manifestou a favor dos réus responderem o processo em liberdade. Assim, de acordo com a decisão do juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, titular da 3ª Vara Criminal da Capital, os réus estão proibidos de se aproximarem ou manter contato com qualquer parente da vítima ou testemunha. Além disso, terão que comparecer ao juízo sempre entre os dias 1º e 10 de cada mês e estão proibidos de ausentarem-se do Rio de Janeiro por prazo superior a 10 dias, sem prévia autorização do juízo.
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De acordo com a denúncia do MP, feita no último dia 27, mesmo após Pedro ter sido dominado por Davi, o homem continuou aplicando a "gravata", que impedia a vítima de respirar.
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Entenda o caso
Pedro Gonzaga morreu após ser imobilizado por quatro minutos por um segurança de um hipermercado na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, na tarde do dia 14 de fevereiro. O jovem teria teria tido um surto. A mãe dele testemunhou o crime e avisou que ele era dependente químico. Os seguranças alegaram que ele havia tentado roubar a arma de um dos vigilantes, o que não ficou registrado nas imagens. A ação foi filmada e circulou em redes sociais. Pessoas, inclusive a mãe de Pedro, imploravam para que o vigilante soltasse o rapaz, mas os pedidos não surtiram efeito.
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O Corpo de Bombeiros informou que o encaminhou, ainda com vida, para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra, após uma parada cardiorrespiratória.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o homem deu entrada na CER Barra por volta das 14h, levado por ambulância dos Bombeiros, já em parada cardiorrespiratória. Foi ressuscitado, mas teve outras duas paradas e faleceu às 15h10. "Como chegou à unidade com relato de queda, corpo foi encaminhado para o IML", informou a pasta na nota.