Escutas autorizadas pela Justiça revelam diversas atividades criminosas de uma quadrilha que é alvo de operação nesta quarta-feira - Luciano Belford / Agência O Dia
Escutas autorizadas pela Justiça revelam diversas atividades criminosas de uma quadrilha que é alvo de operação nesta quarta-feiraLuciano Belford / Agência O Dia
Por Rafael Nascimento e Beatriz Perez
Rio - Escutas autorizadas pela Justiça revelam diversas atividades criminosas de uma quadrilha que é alvo de operação nesta quarta-feira. Uma ligação registra toda a ação para executar Diogo Henrique de Souza, usuário de drogas que devia ao grupo. Além deste, outros áudios revelam o armamento da quadrilha e a atividade de roubo de cargas. Ouça abaixo.  
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Ouça os áudios:
Áudio 1 - Execução a usuário de drogas em Caxias
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Uma ligação de quase sete minutos registra a ação de execução de Diogo Henrique de Souza, um usuário de crack que devia à quadrilha, em outubro de 2018. O autor dos disparos é Paulo Ricardo de Oliveira Gomes, o Rex, um dos principais aliados de Fábio Pereira de Souza, o Fabinho, que chefia a quadrilha. Do outro lado da linha está Marcelo da Silva Costa, o Marcelo Bomba, que está morto.
O áudio está dividido abaixo em três partes: Na primeira, Rex pede a Marcelo Bomba que o encontre no local combinado para a execução e que continue na linha durante a ação. No segundo trecho, eles comentam que a área está 'tranquila'. E finalmente, é possível ouvir os disparos da execução. Todos os trechos fazem parte da mesma chamada telefônica. 
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Áudio 2 - Dois integrantes do grupo criminoso, Cristiano Almeida dos Santos, o Tito, e Elias Silvano de Araújo, conversam sobre  armamento. Elias pergunta a Tito se ele também quer uma pistola. O homem diz que quer 'só o fuzil mesmo'.
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Elias: Tito.
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Tito: Fala.
Elias: Quer a pistola também?
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Tito: Não, só o fuzil mesmo. 
Elias: Já é. 
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Áudio 3 - Em outro áudio, Tito pede a Elias para desenterrar dois fuzis e bolsas com droga e dinheiro. 
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Elias: E aí, cara?
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Tito: O fuzil que tá no teu barril, o fuzil que tá no outro, tem duas bolsas pequenas, a do Exército, tem outra pequena preta, um caderno e uma bolsinha que tem com dinheiro aí. 
Elias: Car****. Vem aqui rapidinho. 
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Tito: Tá chovendo. To debaixo da chuva cara. 
Elias: Pô, não vai dar pra levar isso tudo não, cara.
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Tito: Tranquilo, deixa aí. Vou aí.
Áudio 4 - Em conversa com outro criminoso, Tito comenta que não pegou uma carga de 'pó de dez' porque tinha roubado uma carga de cerveja. O outro homem alerta o comparsa sobre policiais e manda "gastar os pentes" nos agentes.
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Tito - Oi, oi
HNI - O Hugo tá perto de tú? Pergunta a ele se ele pegou as cargas de pó de 10.
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Tito - Ainda não. Ainda não porque nós tá numa responsa muito séria. Mil grau. (sic)
HNI - Han. Só Skol, né?
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Tito - Só Skol. Várias. Nós pegamos muitas caixas. 
HNI - Fala pra ele tirar dez cargas pra mim de pó de dez. Atividade. Os caras foram lá pra trás. Qualquer coisa pode gastar os pente tudo.
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Em um quinto áudio, Tatiana, conhecida como Tia, diz a Juliana que os traficantes de uma localidade de Caxias não permitiam enterro de desafetos. Ela afirma que há um cemitério clandestino na região parecido com o de Parada Angélica. A Delegacia de Homicídios vai investigar.