Câmara dos Vereadores do Rio rejeitou pedidos de impeachment contra Crivella - Paulo Carneiro/Parceiro/Agência O Dia
Câmara dos Vereadores do Rio rejeitou pedidos de impeachment contra CrivellaPaulo Carneiro/Parceiro/Agência O Dia
Por O Dia
Rio - A Câmara dos Vereadores do Município rejeitou, nesta quinta-feira, o projeto de lei que criaria a "Zona Leste" no Rio. O texto de autoria dos parlamentares Zico (PTB) e Marcelino D’Almeida (PP) recebeu 14 votos favoráveis e 14 votos contrários. Um vereador se absteve na votação e o presidente da Casa, Jorge Fellippe (MDB), desempatou o placar. 
O projeto previa uma nova área geográfica na capital fluminense, que abrangeria os bairros da Zona Oeste: Anil, Barra da Tijuca, Camorim, Cidade de Deus, Curicica, Freguesia de Jacarepaguá, Gardênia Azul, Grumari, Itanhangá, Jacarepaguá, Joá, Praça Seca, Pechincha, Recreio dos Bandeirantes, Tanque, Taquara, Vargem Grande, Vargem Pequena e Vila Valqueire.
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A Zona Oeste, por sua vez, seria composta pelos bairros: Bangu, Deodoro, Campo dos Afonsos, Gericinó, Jardim Sulacap, Magalhães Bastos, Padre Miguel, Realengo, Santíssimo, Senador Camará, Vila Militar, Barra de Guaratiba, Campo Grande, Cosmos, Guaratiba, Inhoaíba, Paciência, Pedra de Guaratiba, Santa Cruz, Senador Vasconcelos e Sepetiba.
Segundo com um dos autores da proposta, o vereador Zico, o objetivo é delimitar a Zona Oeste em dois trechos geográficos a fim de proporcionar uma melhor fiscalização sobre as aplicações de verbas e emendas parlamentares nas duas partes, realizando, desta forma, uma divisão de investimentos de "maneira igualitária".
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"Com a criação dos investimentos mais delimitados em sua destinação final, além de melhor organização de infraestrutura, como transporte público, segurança e apoio de outros órgãos públicos, que conseguirão delimitar melhor suas áreas de atuação para uma prestação de serviços mais eficiente à população, a qual também não sofrerá mais com a confusão gerada frente a dimensão e extensão da área em que moram, podendo cobrar mais atenção de seus representantes que apenas se lembram de uma região ou outra e de seus habitantes somente para fins de interesses políticos e eleitoreiros", alegaram os parlamentares na justificativa do projeto. 
O texto foi apresentado pelos parlamentares em 2015. No entanto, em 2017, saiu de pauta da Casa. Vereadores da oposição alegavam que a medida reunia os bairros mais ricos da região.
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Na votação de hoje, o vereador Tarcísio Motta (PSOL) disse que o projeto não fazia sentido "dadas as características políticas, sociais e econômicas". "Eu já havia registrado voto contrário na primeira discussão, farei o mesmo hoje. Gostaria apenas de esclarecer o que é isso. É porque no final das contas, embora seja razoável do ponto de vista político-administrativo imaginar que a Zona Oeste tem, nesse caso, a divisão da Zona Oeste em duas zonas diferentes", afirmou. 
Com a recusa da Casa, a proposta vai para o arquivo e não pode ser votada novamente.
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