Central clandestina de TV a cabo e internet apreendida na ação - Divulgação / Polícia Civil
Central clandestina de TV a cabo e internet apreendida na açãoDivulgação / Polícia Civil
Por O Dia
Rio - A Polícia Civil e o Ministério Público estadual (MPRJ) fizeram, na manhã desta sexta-feira, uma operação contra um dos braços financeiros da milícia chefiada por Wellington da Silva Braga, o Ecko. A Operação Octopus, como foi chamada, cumpriu 36 mandados de busca e apreensão em imóveis do grupo paramilitar no Conjunto da Marinha, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Além disso, os agentes também estiveram em endereços identificados como centrais clandestinas de TV a cabo e Internet e depósitos de gás do bando. Ao todo, foram encontrados 11 pontos clandestinos de distribuição, que foram destruídos pelos agentes. A destruição contou com o apoio de técnicos da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
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Ontem, três pessoas foram presas dentro das investigações para a operação. Elas são suspeitas de fazerem parte da quadrilha e foram levadas para a 56ª DP (Comendador Soares), responsável pelas investigações. Uma delas é Raphael Souza da Rosa, que foi encontrado em uma das áreas de monitoramento do bando com uma câmera de segurança e um radiotransmissor.
Raphael Souza da Rosa foi preso nesta quinta-feira - Divulgação / Polícia Civil
As investigações para a operação começaram há dois meses, quando milicianos do bando de Ecko invadiram diversas comunidades do município. Além do Conjunto da Marinha, que é do Minha Casa, Minha Vida, eles tomaram regiões como Grão Pará, Pantanal, Dom Bosco, Marapicu, bem como outras localidades que ficam às margens da Estrada de Madureira (RJ-105).
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Com a chegada dos milicianos, alguns criminosos que eram integrantes da fação Comando Vermelho (CV) e atuavam na região foram recrutados pelos novos invasores e passaram a fazer parte da milícia. Eles mesmo ajudaram os novos comparsas a identificar quem teria envolvimento com o tráfico e seus familiares. Aqueles que não aceitaram entrar para o bando fugiram e se refugiaram na Vila Kennedy, na Zona Oeste da capital.
Além disso, os milicianos expulsaram diversos moradores donos dos imóveis e os negociaram com terceiros de forma ilícita. A operação buscou também identificar esses proprietários, além de apurar o envolvimento dos síndicos dos condomínios com os criminosos, mediante o repasse de taxas.
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Veja o momento da invasão dos milicianos no Conjunto da Marinha!
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O inquérito policial apontou que o grupo vem ampliando sua forma de atuação para aumentar seus lucros. Além da exploração e venda de gás, de Internet, de TV a cabo e de transporte público irregular e da extorsão de comerciantes, os milicianos também atuam na venda de cigarros contrabandeados do Paraguai, na exploração imobiliária, na agiotagem e em clonagem de cartões.
A operação foi comandada pela 56ª DP e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MPRJ (Gaeco) e teve o apoio de diversas delegacias do Departamento Geral de Polícia da Baixada (DGPB) e da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).
Central clandestina de distribuição de TV a cabo e sinal de Internet - Divulgação / Polícia Civil