Rio - Cena de violência e covardia no trânsito do Rio de Janeiro. Na última terça-feira (20), Mário Batista Costa, de 65 anos, foi espancado por Joaquim Fernando Mourão, de 22. Detalhe: o agressor é fisiculturista e agrediu o idoso, que bateu na lateral de seu carro, um Jeep Renegade preto, quando passavam pela Rua Arquias Cordeiro, no Méier, Zona Norte do Rio.
Joaquim Mourão aguarda julgamento do caso pela Justiça. Já Mário Batista deu entrada no Hospital Pasteur, no mesmo bairro, ficou internado por 24 horas e recebeu alta na quarta-feira. A médica que acompanhou a família recomendou fazer uma ressonância magnética e procurar um neurologista.
O acidente
Na manhã do dia 20, Mário seguia com a esposa, Maria da Conceição Pereira Costa, para o trabalho, quando houve o acidente. "Ele (o fisiculturista) queria cortar todos os carros que passavam e ficou atravessado na rua. Acabamos batendo na porta do carro", narra Maria da Conceição.
"Meu marido encostou o carro e ficou na calçada. O dono do jipe saiu e foi em direção a ele, deu um soco e o jogou no chão. Eu só vi quando meu marido estava caído e o jovem continuou socando ele", contou a esposa, lembrando que todos os socos foram na cabeça. O agressor só parou ao ser contido por dois agentes do Méier Presente, mas não sem antes chutar a cabeça do idoso.
"O que eu sei é o que as pessoas me contaram. Eu acordei no hospital perguntando 'o que estou fazendo aqui?'. Estou sentindo muita dor", relatou Mário, que ficou temporariamente sem memória. A família registrou a ocorrência na 26ª DP (Todos os Santos), que encaminhou o caso para o Juizado Especial Criminal. Uma audiência foi agendada para 23 de outubro.
*Estagiária sob a supervisão de Maria Inez Magalhães
