Marcinho Bombeiro  - Reprodução
Marcinho Bombeiro Reprodução
Por O Dia
Rio - Policiais civis da 54ª DP (Belford Roxo) e da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) prenderam, nesta quarta-feira, um policial militar suspeito de ser cúmplice do vereador e ex-presidente da Câmara de Belford Roxo Marcinho Bombeiro (PSL), que foi preso na manhã de ontem. Weverson de Oliveira Marciano é suspeito e investigado pela tentativa de homicídio qualificado contra três jovens na semana passada.
Segundo a Polícia Civil, após seis dias de trabalho de inteligência, investigação e monitoramento, a apuração mostrou que Weverson e Marcinho Bombeiro foram os responsáveis pela tentativa de homicídio qualificado contra três jovens na madrugada de terça-feira da semana passada. Três jovens estavam fazendo um churrasco na porta de casa de um deles e os dois investigados chegaram armados ao local, atirando contra os jovens, que só conseguiram escapar ao pularem em uma ribanceira. Marcinho foi preso na manhã desta terça-feira (22).
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Ainda segundo a investigação, Weverson também estaria envolvido no duplo homicídio e duas tentativas, ocorridas no dia 14 de abril de 2017. As vítimas estariam consumindo drogas em uma casa na região. Marcinho Bombeiro então teria ordenado que elas fossem executadas.
Ambos os crimes possuem relação pois uma das vítimas do crime ocorrido na terça-feira passada é irmã de um dos jovens que foram mortos em 2017. Uma das linhas de investigação é que pode ter havido alguma vingança, pois a família da vítima procurou a Justiça e os autores foram denunciados pelo crime em setembro de 2019. As investigações continuarão para prisão dos demais coautores do crime ocorrido em 2017 e para encerramento do inquérito policial referente aos crimes cometidos na semana passada.
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Tropa do Marcinho
De acordo com a denúncia do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o vereadir e outras três pessoas são apontadas como milicianos atuantes no bairro Andrade de Araújo. O grupo criminoso é conhecido como "Tropa do Marcinho". Ainda segundo a denúncia, o grupo age com extrema violência na localidade, pela qual transitam ostentando armas de fogo de grosso calibre como fuzis.