Marielle foi assassinada com Anderson Gomes em março de 2018 - Reprodução / Mídia Ninja
Marielle foi assassinada com Anderson Gomes em março de 2018Reprodução / Mídia Ninja
Por RENAN SCHUINDT
Rio - Presos desde 2017 em desdobramento da Lava Jato no Rio, os ex-deputados estaduais Paulo Melo (MDB) e Edson Albertassi (MDB) foram ouvidos nesta quinta-feira, na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) sobre a investigação da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. De acordo com o delegado Antônio Ricardo Nunes, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, os dois prestaram depoimento na condição de testemunhas de uma linha de investigação que aponta motivação política. 
Delegado Antônio Ricardo fala sobre as investigações; assista ao vídeo!
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Esta é a segunda fase da investigação do crime, que aconteceu em março de 2018. O objetivo é descobrir os mandantes do assassinato da vereadora. Em setembro, ex-procuradora-geral da República, Raquel Dodge, denunciou ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Domingos Brazão, por interferir nas investigações do caso.
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“Nós temos algumas linhas que nós seguimos, e uma delas é ligada a uma motivação política”, afirmou Antônio Ricardo. "Qualquer retirada da investigação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro vai ser um prejuízo imenso para a sociedade e para a investigação", completou. 
Os ex-parlamentares foram ouvidos pelo delegado titular da DH, Daniel Rosa, as promotoras que estão à frente da investigação, Letícia Emile Alquerez Petriz e Simone Sibilio do Nascimento, também acompanham as oitivas. 
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Questionado se Brazão vai ser interrogado novamente, o delegado disse a especializada ainda vai avaliar. “Por enquanto ele é considerado testemunha”, disse Antônio Ricardo. 
“Todas as linhas de investigação que surgiram estão sendo aprofundadas”, finalizou o diretor do Departamento de Homicídios.
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Ex-deputados saíram sem falar com os jornalistas

Paulo Melo e Edson Albertassi estão presos no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, desde 2017, quando foram alvos da operação Cadeia Velha, desdobramento da Lava Jato no Rio, que investigou benefícios fiscais à empresas e empreiteiras. Os ex-parlamentares foram condenados em março deste ano, junto com o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani, pelo Tribunal Regional Federal da 2° Região (TRF2), pelos crimes investigados na operação.
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