Na terça-feira, a plenário da Alerj votou pela soltura dos parlamentares presos pela Furna da Onça - Thiago Lontra / Alerj
Na terça-feira, a plenário da Alerj votou pela soltura dos parlamentares presos pela Furna da OnçaThiago Lontra / Alerj
Por O Dia
Rio - Quatro deputados estaduais presos na operação Furna da Onça, um desdobramento da Lava Jato no Rio, deixaram o presídio na tarde desta quinta-feira, após receber um ofício da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O documento solicitava a soltura de André Correa (DEM), Chiquinho da Mangueira (PSC), que estava em prisão domiciliar por questões de saúde, Luiz Martins (PDT), Marcus Vinicius Neskau (PTB) e Marcos Abrahão (Avante).
Na terça-feira, a Assembleia votou pela libertação dos deputados e a previsão era que eles fossem liberados na quarta-feira. No entanto, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região não expediu o alvará de soltura. O desembargador Abel Braga esclareceu que não cabe ao TRF2, mas sim à própria Assembleia, decretar a soltura dos parlamentares.
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Quatro dos cinco deputados cumpriam pena no Complexo Prisional de Bangu desde outubro de 2018, acusados de envolvimento em casos de corrupção em empresas privadas e loteamentos de cargos públicos. 
Votação na Alerj
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A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) decidiu soltar os deputados estaduais que estavam presos pela operação Furna da Onça. Antes dos 64 parlamentares presentes votarem, a Casa já tinha os 36 votos necessários para a libertação. Vinte e cinco votaram contra, três estão de licença e o Capitão Nelson (Avante), mesmo na Alerj, não votou.
Julgamento do processo voltará para Bretas
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O TRF-2 decidiu, nesta quinta-feira, que, como os deputados não têm mais prerrogativa de foro privilegiado, o processo voltará para as mãos do juiz Marcelo Bretas, em primeira instância, na 7ª Vara Criminal Federal.
Mais de R$ 50 milhões em propinas
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Desdobramento da Lava Jato, a Furna da Onça mira um suposto esquema que teria movimentado R$ 54,5 milhões em propinas, entre 2011 e 2014, segundo mandato do governador Sérgio Cabral (MDB). Inicialmente, foram emitidos dez mandados de prisão. No entanto, parte dos parlamentares já cumpria prisão desde novembro de 2017 por conta da Operação Cadeia Velha.