Um dos deputados soltos ontem, André Corrêa (DEM) foi abraçado e também vaiado em Bangu 8 - Reprodução de vídeo
Um dos deputados soltos ontem, André Corrêa (DEM) foi abraçado e também vaiado em Bangu 8Reprodução de vídeo
Por Maria Luisa de Melo
A bancada do partido Novo protocolou, na tarde desta quinta-feira (24), um pedido de cassação dos cinco deputados que haviam sido presos pela Operação Furna da Onça. Segundo o documento, André Corrêa (DEM), Luiz Martins (PDT), Marcos Abrahão (Avante), Marcus Vinicius Neskau (PTB) e Chiquinho da Mangueira (PSC) devem responder por quebra de decoro por conta das denúncias de corrupção.
O documento transcreve trechos da denúncia do Ministério Público Federal (MPF), citando a movimentação, de R$ 54,5 milhões entre 2011 e 2014, o loteamento dos postos de trabalho em órgãos como o Detran e a Faetec e os fortes indícios de formação de organização criminosa.
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Procurado, o Conselho de Ética informou que tem que aguardar o procedimento ser encaminhado pela Mesa Diretora, o que ainda não aconteceu. O documento foi protocolado junto à Presidência da Casa. E, posteriormente, deverá ser encaminhado ao Conselho.
Autor do pedido, o deputado Chicão Bulhões explica o porquê do pedido de cassação.
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"Os motivos de recebimento indevido e tráfico de influência são suficientes para configurar que houve quebra de decoro. São robustas as provas de corrupção e formação de organização criminosa. Não precisamos esperar que o processo transite em julgado para que se configure quebra de decoro e haja cassação", explicou o parlamentar. 
Para que haja julgamento do pedido, é necessário que a maioria dos integrantes do Conselho de Ética aprove o pedido. São sete membros. "Os deputados não querem ser injustos com ninguém, mas devemos mandar esse recado", completou Bulhões.