
A preocupação é que o grupo reverta a decisão de abril deste ano, do Tribunal de Justiça, que suspendeu as posses dadas na cadeia. Caso consigam, retomariam suas cadeiras na Casa. Apesar de a decisão que suspendeu a posse não ser mais liminar, a defesa dos presos avalia entrar com recurso. Uma das possibilidades é de ir ao Superior Tribunal de Justiça, como aponta o advogado de André Corrêa (DEM), Marcos Crissiuma.
“Vamos avaliar isso na próxima semana. Ele (Corrêa) pode ingressar como interessado no processo que envolve o MP e a Alerj”, avalia. Para impedir ações como essa é que alguns deputados se movimentaram preventivamente. “Houve quebra de decoro, sim. São robustas as provas de corrupção e formação de organização criminosa. Não precisamos esperar que o processo transite em julgado e haja cassação”, explicou Chicão Bulhões (Novo). Como o afastamento do mandato foi uma condição para a soltura, aprovada em plenário na última terça (22), a postura da defesa dos ex-presos está causando desconforto entre os parlamentares.
Um deles, que pede para não ser identificado, garante que a Alerj não vai recorrer da suspensão da posse. “Seria uma completa desmoralização”, opinou a fonte. O Tribunal Regional Federal da 2ª Região decidiu que o processo, agora, retornará à 1ª instância e será julgado pelo juiz Marcelo Brêtas, da 7ª Vara Federal. Sem mandato, não há foro privilegiado. Ao serem soltos, os deputados foram vaiados na porta do presídio. A defesa de Chiquinho da Mangueira, em regime domiciliar, diz que vai pedir a retirada da tornozeleira eletrônica.