Nesse período, a Delegacia do Aeroporto Internacional RioGaleão (Dairj) conseguiu identificar pelo menos dez motoristas nas investigações, no entanto, nem todos foram encontrados hoje. Ao todo, cerca de 100 motoristas tiveram seus documentos fiscalizados pelos policiais.
A delegada Tatiana Queiroz, titular da Dairj, explicou que outros dois motoristas foram encaminhados para a delegacia por já praticarem "crimes grave".
"Havia crime de tráfico de drogas e nove anotações por crime de ameaça", contou a delegada. "A gente quis entender se os aplicativos permitem que essas pessoas com antecedentes criminais se cadastrem em suas plataformas. Essas informações vão ser repassadas às empresas".
SÉRIE DE AÇÕES
A ação no Galeão aconteceu tanto na área reservada no Galeão para os motoristas, como nos locais de embarque e desembarque e nos acessos ao aeroporto. Ela foi feita após outras operações com taxistas do local.
"As ações da Dairj acontecem praticamente todo dia. Tivemos uma sequência de ações, primeiro com os taxistas cooperados e depois com os taxistas 'bandalhas'. Com o foco sempre em transporte", Tatiana detalhou.
A operação checou informações das carteiras de motoristas, para confirmar as autenticidades delas, dos documentos dos veículos, para saber se são roubados ou furtados, além dos dados cadastrados nas plataformas.
DUPLICIDADE
As investigações para a ação começaram em julho, a partir de denúncias sobre irregularidades envolvendo os motoristas. Desde então, foram descobertas 10 pessoas que usavam as plataformas com perfis falsos.
"Não só usuários procuraram a gente. Tiveram pessoas que foram se cadastrar no aplicativo e viram que já havia um cadastro com as informações dela. Deu duplicidade de perfis", Tatiana informou.
A delegada avisou que, após as fiscalizações de hoje, a ação seguirá com a abordagem aleatória dos motoristas no Galeão.
"A Cabify afirma que até o momento não recebeu notificação da Polícia Civil do Rio de Janeiro em relação às atuais investigações, mas que está à disposição para cooperar com as autoridades. A empresa também comunica que possui um trabalho antifraude, que faz uma rodagem periódica de antecedentes criminais e da documentação para o cadastro do motorista em sua plataforma. Os documentos necessários para cadastramento na plataforma são: Carteira Nacional de Habilitação (CNH), em vigência, que contenha a observação Exerce Atividade Remunerada (EAR), antecedentes criminais e o Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo (CRLV), no qual conste também o pagamento do seguro obrigatório DPVAT", a empresa disse, em nota.