No curso, os jovens precisam cozinhar como forma de avaliação - fotos de Antonio Pinheiro/Divulgação
No curso, os jovens precisam cozinhar como forma de avaliaçãofotos de Antonio Pinheiro/Divulgação
Por O Dia

Rio - A cozinha experimental localizada no Centro Universitário La Salle, em Niterói, viveu momentos dignos de um reality show na última terça-feira. Lá dentro, 18 jovens, com idades entre 17 e 25 anos, apresentavam seus pratos para um júri responsável por eleger o melhor prato do dia.

A mini-competição é uma espécie de trabalho de conclusão do curso de formação de cozinheiro internacional, do projeto social Energia do Sabor. Fruto de uma parceria entre Naturgy e Unilasalle, o projeto tem como objetivo ajudar jovens carentes da região de Niterói a conseguirem um espaço no mercado de trabalho.

Foram onze meses de aulas práticas em uma cozinha tipo industrial, onde os alunos prepararam diversos pratos da gastronomia internacional, passando por técnicas europeias e asiáticas, além da própria cozinha brasileira.

Coordenador do Energia do Sabor, o chef e professor Vicente Maia ressaltou a transformação técnica dos jovens durante o curso.

"Os alunos chegam aqui totalmente crus. A maioria não tem conhecimento de ingredientes ou cultura gastronômica. Temos um ano de trabalho árduo para ensinar tanto a parte de técnica culinária quanto uma formação pessoal e cultural da gastronomia. Eles chegam aqui como pedras brutas e no fim do curso são diamantes lapidados. A aceitação do mercado com os profissionais aqui é muito boa, principalmente em restaurantes de Niterói, mas também temos ex-alunos no Copacabana Palace e no Fasano", contou o chef.

Composto por quatro pessoas, o júri tinha as renomadas chefs Roberta Sudbrack e Henriqueta Henriques como julgadoras. Completavam a mesa o pró-reitor da Unilasalle Hugo Amazonas e Bianca Carillo, da Naturgy.

Eleita em 2015 a melhor chef mulher da América Latina pela revista inglesa ''Restaurant'', a chef Roberta Sudbrack se surpreendeu com a formação dos alunos.

"É muito gratificante ver a formação, a disciplina e a postura dos alunos. Tudo isso é um conjunto que diferencia um prato bom de um prato ruim. Estou encantada de conhecer e entender toda a lógica da formação e da postura deles em relação aos ingredientes. Esse é o primeiro passo, agora vem a vida real", disse.

 

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