Para Sindirepa, expectativa é de queda de pelo menos R$ 0,36. Assim, o preço nas bombas ficaria em média entre R$ 1,50 e R$ 1,60 - Daniel Castelo Branco
Para Sindirepa, expectativa é de queda de pelo menos R$ 0,36. Assim, o preço nas bombas ficaria em média entre R$ 1,50 e R$ 1,60Daniel Castelo Branco
Por O Dia

Rio - Você leu aqui no DIA, na semana passada, que o número de postos de combustíveis multados, em todo o estado, pelo Instituto de Pesos e Medidas (Ipem-RJ), aumentou em seis vezes neste ano. Em 2019, até o dia 4 de novembro, a "bomba baixa" foi constatada em 37 estabelecimentos dos 1.632 fiscalizados. 

A cidade do Rio de Janeiro é a que mais tem postos de combustíveis cometendo essa irregularidade. Dos 37 estabelecimentos autuados em todo o estado, 20 estão localizados na capital. As irregularidades podem acontecer por um erro técnico na bomba ou por fraude, mais comumente pela segunda opção. Em 2018, apenas seis postos foram autuados, dos 1.924 examinados. E engana-se quem pensa que os postos 'bandeirados' estão isentos. Dos 37 postos autuados, 13 eram de marcas famosas.

Além do golpe da "bomba baixa", que consiste em ludibriar o motorista e colocar menos combustível no tanque do combustível do que o informado no visor da máquina, os consumidores do Rio também sofrem com a adulteração. 

Um fato acontecido há mais de três anos, que ainda não teve punição, deixa isso bastante claro. Em novembro de 2016, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) descobriu que BR, Shell e Ipiranga armazenavam etanol adulterado com metanol, produto altamente tóxico - o combustível era da Usina Canabrava, no norte fluminense. Na ocasião, foram apreendidos 16 milhões de litros. Até hoje nenhum dos envolvidos sofreu qualquer sanção.

O uso de combustível adulterado pode doer no bolso. Por não se tratar de um combustível nos padrões exigidos pela ANP, sua composição é extremamente prejudicial para o motor do automóvel.

Logo de cara, os primeiros sintomas são falhas no funcionamento do motor, perda de força e consumo excessivo. Se o problema não for resolvido, pode ocorrer o que se conhece como calço hidráulico: neste caso, os danos aos componentes móveis do motor poderiam ser extremamente graves - levando a custos de reparação altíssimos, de até R$ 12 mil dependendo do modelo e tecnologia do motor do carro.

Novo app resolve

Vai começar no Rio de Janeiro, nos próximos dias, um novo serviço de abastecimento de combustíveis que traz inovação para o setor. Conhecido como "Uber da gasolina", o GOFit vai oferecer aos consumidores a possibilidade de pedir, de onde estiver, combustível por meio de aplicativo. Por enquanto, o serviço está indisponível a pedido da ANP para atender algumas recomendações da agência reguladora.

O serviço vai oferecer gasolina comum e etanol. Os carros que fazem a entrega dos produtos já estão equipados para atender a todas as exigências da agência reguladora, seja em relação à qualidade ou ao volume do produto.
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O app ainda reforça que "qualquer tipo de problema ocasionado pelo serviço será assumido pela empresa"
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