Em média, são recolhidos 50 kg de latinhas por mês, o que rende em torno de R$ 200. O valor parece pouco, mas somado à colaboração de outras pessoas, já foi possível ajudar na reforma de duas casas, manter um curso de artesanato para crianças do bairro e, atualmente, beneficiar 14 famílias com cestas básicas mensalmente.
As latinhas são recolhidas por Emília e sua equipe nas ruas de Bangu e também em parceria com condomínios e restaurantes. "Muita gente me questiona, fala se vou me prestar a isso, catar latinha sem necessidade. Dizem que não preciso disso. Eu preciso! Eu preciso ajudar. Então, eu vou catar. Isso aí não me custa. A gente tá ajudando ao meio ambiente, as famílias e a si próprio. Isso para mim é motivo de orgulho", diz Emília.
Neste fim de ano, a previsão é que o número de famílias beneficiadas aumente. Mesmo tendo passado as últimas semanas internada por problemas no coração e agora utilizando marca-passo, Emília não para. Ela está à frente do projeto Mutirão de Natal em seu bairro e espera conseguir um volume maior de latinhas e outras doações para ajudar 30 famílias a terem uma ceia de Natal em casa.
O projeto Mutirão de Natal foi criado há 25 anos pela Igreja Adventista de Botafogo, no Rio de Janeiro, e hoje é realizado em oito países da América do Sul. A iniciativa mobiliza as congregações a arrecadarem alimentos para doação.