Caroline e Marilene estiveram ontem no presídio em São Gonçalo - Ricardo Cassiano
Caroline e Marilene estiveram ontem no presídio em São GonçaloRicardo Cassiano
Por *Julia Noia

Rio - A quarta-feira foi mais um dia de apreensão para o pedreiro Vitor Martins da Cunha, que está preso desde 23 de novembro, depois de pedir um carro de aplicativo que foi alvo de dois assaltantes em Campo Grande, na Zona Oeste. Durante a tarde desta quarta, sua esposa, Caroline Souto, e sua mãe, Marilene Martins da Cunha, ficaram aguardando a saída dele do Presídio Tiago Teles, em São Gonçalo, mas voltaram para casa sem uma boa notícia. A história da prisão de Vitor foi publicada pelo DIA com exclusividade nesta terça-feira

O Ministério Público do Rio autorizou a soltura de Vitor, na terça-feira, mas o alvará ainda não foi assinado pela juíza encarregada do caso devido a um problema no sistema de assinatura eletrônica do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ). O órgão informou que o documento foi expedido de forma manual e, como o Serviço de Polícia Interestadual (Polinter) informou não haver nenhuma outra ordem de prisão contra o pedreiro, ele só deve ser solto hoje.

Sem saber do problema no TJ-RJ, Caroline e Marilene chegaram ontem apreensivas ao presídio em São Gonçalo. Mas, depois de 86 quilômetros rodados e R$ 140 gastos com a contratação de um motorista particular, elas não tiveram motivos para comemorar, uma vez que a viagem foi em vão. "Assim que ele sair, queremos é comemorar. Lá em casa já tem uma festinha esperando por ele, com amigos e toda a família. Colocamos fotos dele em toda a casa, com palavras de incentivo e de agradecimento para que ele se sinta amado", disse Caroline.

"É muito triste saber que um parente nosso está preso por algo que ele não cometeu e a Justiça alegar que ele fazia parte disso. Minha sogra chora o tempo todo. Estamos todos passando por uma grande tristeza, sem comer nem beber, e pedimos a Deus todos os dias, como um mantra, que ele saia da prisão", contou Caroline, emocionada. 

*Estagiária sob supervisão de Gustavo Ribeiro

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