![Ceia de fim de ano: consumidores devem ficar atentos para evitar riscos à saúde - NELSON DUARTE](https://odia.ig.com.br/_midias/jpg/2019/12/27/1200x670/1_img_4358-14947008.jpg)
"Na hora da compra do bacalhau, por exemplo, é muito importante observar a aparência do produto, conferindo se tem manchas avermelhadas ou pontos pretos. São indícios de que o bacalhau foi conservado em local inadequado, com possibilidades de surgir algum agente contaminante, ou seja, bactérias. Então, os produtos que tiverem com essas características não devem ser consumidos", destaca Aline Borges.
Ainda em relação ao bacalhau, outro ponto a ser verificado é se está bem seco, pois a umidade influencia diretamente na conservação do produto exposto na temperatura ambiente. Outro lembrete é que apenas duas espécies podem ser vendidas como bacalhau: Gadus Morhua e Gadus Macrocephalus.
Quanto ao peixe fresco, quem optar por comprá-lo inteiro tem que tirar as vísceras e escamas e não temperá-lo antes de ir para a geladeira, onde pode ser mantido cru por, no máximo, um dia. Depois de pronto - aí sim - o peixe pode ser congelado por três meses.
Churrasco
Outros itens importantes que também merecem atenção são as frutas secas e cristalizadas, aponta a especialista. "É fundamental observar as condições do produto, se está bem embalado e se há presença de insetos ou fungos. O mesmo deve ser feito com as frutas consumidas in natura. Não podemos deixar de citar o limão, que dá um frescor e um sabor agradável à bebida, mas normalmente passa apenas pela lavagem com água antes do consumo", continua.
"Isso não é o suficiente para eliminar micro-organismos, podendo se tornar um veículo de bactérias patogênicas (transmissoras de doenças). Todas as frutas devem ser higienizadas antes de consumidas, mesmo as que serão descascadas ou espremidas, como o limão", orienta Aline.
Quem optar por aves, lombos, pernis, entre outras carnes congeladas, deve estar atento aos sinais de descongelamento, integridade da embalagem e, claro, à validade. E mais: todos os alimentos de origem animal precisam estar registrados no órgão de Agricultura competente. Aline adianta que, no município do Rio, só podem ser comercializados os que têm selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF) do Ministério da Agricultura ou da Secretaria de Agricultura estadual. “Esses produtos devem ser armazenados entre 12 e 18 graus negativos. A dica é checar se há presença de gelo ou se a carne está amolecida. Esses sinais são indicativos de que o acondicionamento foi feito de maneira inadequada”.
Assim como a Vigilância Sanitária está sempre atenta aos riscos à saúde pública, a população também pode - e deve - fazer a sua parte denunciando produtos impróprios no 1746, Central de Atendimento da Prefeitura. As demandas referentes a alimentos são encaminhadas à Vigilância Sanitária, que enviará técnicos aos estabelecimentos denunciados para as inspeções que avaliam as condições higiênico-sanitárias e, caso necessário, aplicarem as penalidades previstas em lei.